Quem controla a internet?
Who controls the internet?
Rev. psicol. (Fortaleza, Online); 13 (2), 2022
Publication year: 2022
Por meio deste estudo teórico, é possível constatar que a Internet, criada inicialmente como uma rede que possibilitaria o acesso e a descentralização da circulação de informação, a viabilização da comunicação e, consequentemente, o acesso de todos às plataformas de
informação, negócios, serviços e redes sociais online, não é uma rede aleatória, e as suas propriedades de funcionamento nos obrigam a reavaliar a ideia geral, segundo a qual a rede seria um espaço de liberdade de expressão, justiça, democracia e transformação social. Atualmente são as grandes empresas de tecnologia digital quem têm dominado a arquitetura da rede e ditado a maneira como esta deve funcionar, ocupando, assim, um papel econômico e político em nossa sociedade. Isso porque a grande maioria dos serviços públicos e privados, assim com a vida de cada um, tem sido atravessada pelo digital, o que provocava mudanças nas organizações sociais e, consequentemente, nos modos de subjetivação contemporânea.
Through this theoretical study, it is possible to verify that the Internet, initially created as a network that would allow the access and decentralization of the circulation of information, the viability of communication and, consequently, the access of all to information platforms, businesses, services and online social networks, it is not a random network, and its operating properties force us to reassess the general idea, according to which the network would be a space for freedom of expression, justice, democracy and social transformation. Currently, it is the large digital technology companies that have mastered the architecture of the network and dictated the way it should work, thus occupying an economic and political role in our society. This is because the vast majority of public and private services, as well as the lives of each one, have been crossed by the digital, which caused changes in social organizations, and consequently in the modes of contemporary subjectivation.