Uso de teorias e metodologias para atuação com grupos na atenção básica
Use of theories and methodologies for group work in primary care
Uso de teorías y metodologías para la actuación con grupos en la atención básica

Rev. baiana saúde pública; 44 (4), 2020
Publication year: 2020

As práticas em grupo representam significativa parcela da assistência na atenção básica por meio das políticas de educação em saúde. Há uma diversidade de dispositivos para atuação em grupo e, portanto, cabe ao profissional no processo de trabalho da equipe, a escolha do referencial e da metodologia utilizada nessas práticas. Esta pesquisa pretendeu identificar a compreensão de profissionais da estratégia de saúde da família sobre a prática com grupos na atenção básica. Este artigo compõe uma pesquisa-ação de abordagem qualitativa, realizada com 39 profissionais de diversas categorias atuantes em equipes de saúde do município de Blumenau (SC). Para a produção de dados foram realizados oito grupos focais gravados em áudio e transcritos para posterior análise de conteúdo embasada nos processos grupais de Enrique Pichon-Rivière e pressupostos da ergologia de Ives Schwartz. A maioria dos profissionais demonstraram dificuldades em sugerir teorias, técnicas ou metodologias de trabalho com grupos. A minoria reconheceu o termo ‘grupo operativo’, contudo nenhum associou ao teórico Pichon-Rivière. As metodologias tradicionais foram referidas como as mais utilizadas, porém a pesquisa constituiu um espaço de debate das normas e práticas grupais dos profissionais. Foi concluído a necessidade de capacitação para desenvolver trabalhos com grupos diante do pouco conhecimento teórico, metodológico e vivencial.
Group practices are a significant part of primary care, enacted via health education policies. Given the wide diversity of devices for group work, it is up to the professional responsible for the work process to choose the framework and methodology to be used in these group practices. This study investigates the professionals’ perception of the Family Health Strategy regarding group practices in primary care. A qualitative action research was conducted with 39 professionals from several categories working in health teams in the city of Blumenau, Santa Catarina, Brazil. Data were collected by means of eight focal groups, audio recorded and transcribed for later content analysis based on Enrique Pichon-Rivière’s group processes and Ives Schwartz’s ergology assumptions. Most professionals had difficulties in suggesting theories, techniques, or methodologies for working with groups. Few of them recognized the term ‘operative group,’ but none associated it with psychiatrist Pichon-Rivière. Traditional methodologies were referred to as being widely used, but the research constituted a space for debating the norms and group practices of the professionals. Given the little theoretical, methodological, and experience knowledge evidenced, the text points to a need for training to develop group practices.
Las prácticas grupales representan significativa parte de la asistencia en la atención básica a través de las políticas de educación en salud. Existe una diversidad de dispositivos para actuación en grupo, por lo tanto, le corresponde al profesional en el proceso de trabajo del equipo elegir el referencial y la metodología que serán utilizados en esas prácticas grupales. Esta investigación pretendió identificar la comprensión de profesionales de la Estrategia Salud Familiar sobre la práctica con grupos en la atención básica. Este artículo forma parte de una investigación-acción de abordaje cualitativo, realizada con 39 profesionales de diversas categorías actuantes en equipos de salud del municipio de Blumenau, Santa Catarina (Brasil). Para la producción de datos se realizaron ocho grupos focales grabados en audio y transcritos, para posterior análisis de contenido basado en los procesos grupales de Enrique Pichon-Rivière y presupuestos de la ergología de Ives Schwartz. La mayoría de los profesionales demuestran dificultades en apuntar teorías, técnicas o metodologías de trabajo con grupos. La minoría reconoció el término ‘grupo operativo’, pero ninguno estuvo asociado al teórico Pichon-Rivière. Las metodologías tradicionales fueron las más utilizadas, sin embargo, la investigación constituyó un espacio de debate de las normas y prácticas grupales de los profesionales. Se concluyó la necesidad de capacitación para desarrollar trabajos con grupos frente al poco conocimiento teórico, metodológico y vivencial.

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