Panorama da implementação do Programa Mais Médicos até 2021 e comparação com o Programa Médicos pelo Brasil
Implementation of the Mais Médicos Project until 2021 and comparison with the Médicos Pelo Brasil Program: an overview
Panorama de la puesta en marcha del Programa Más Médicos hasta 2021 y comparación con el Programa Médicos Por Brasil
Rev. baiana saúde pública; 46 (1), 2022
Publication year: 2022
Este artigo faz um balanço do Programa Mais Médicos (PMM), considerando seus três eixos, no período de 2013 a 2021, analisando a influência de atores sociais coletivos na implementação e nos processos de (re)formulação no programa, bem como compara normativamente o PMM com o Programa Médicos pelo Brasil (PMPB). Trata-se de um estudo de caso, que usou recursos teóricos dos estudos de implementação de políticas, do neoinstitucionalismo histórico e da teoria da mudança institucional gradual para analisar documentos, bibliografia, dados secundários e entrevistas semiestruturadas com dirigentes das políticas nacionais de regulação, formação e provimento. Focando a análise na caracterização do processo de implementação, nas continuidades e mudanças institucionais e na distribuição de recursos, no contexto político e na posição e ação de atores coletivos relevantes, o artigo descreve e analisa a implementação do programa em cada um de seus três eixos – infraestrutura, formação e provimento – e mostra que ela pode ser dividida em quatro fases: implementação inicial acelerada, implementação sustentada, implementação parcialmente bloqueada e implementação residual. Sua maior contribuição é a compreensão do que mudou e os motivos pelos quais mudou, bem como a provocação da reflexão sobre a sustentabilidade de políticas que buscam enfrentar as insuficiências na oferta e na formação médica, mesmo contra a posição hegemônica das entidades médicas.
This paper evaluates the Mais Médicos Program (PMM) in its three axes from 2013 to 2021, analyzing how collective social actors influenced its implementation and (re)formulation processes, and normatively compares the PMM with the Médicos pelo Brasil Program (PMPB). BaseD on theoretical resources from policy implementation studies, historical neo-institutionalism and the theory of gradual institutional change, this case study analyzes documents, bibliography, secondary data, and semi-structured interviews with leaders of national regulatory, training, and provision policies. Focused on the implementation process characteristics, on institutional continuities and changes, and on the distribution of resources, the political context and the position and action of relevant collective actors, the text describes and analyzes the PMM implementation in each of its three axes – infrastructure, training and provision –, demonstrating that it can be divided into four phases: initial accelerated implementation, sustained implementation, partially blocked implementation and residual implementation. It contributes to an in-depth understanding of what has changed and the reasons for such change, as well as to provoke reflection on the sustainability of policies that seek to address shortcomings in medical supply and education, even against the hegemony of medical entities.
Este artículo analiza el Programa Más Médicos (PMM) a partir de la influencia de los actores sociales colectivos en los procesos de la puesta en marcha y (re)formulación de este programa teniendo en cuenta sus tres ejes, en el periodo de 2013 a 2021, así como lo compara con el Programa Médicos para Brasil (PMPB). Se trata de un estudio de caso, que utilizó recursos teóricos de los estudios de implementación de políticas, el neoinstitucionalismo histórico y la teoría del cambio institucional gradual para analizar documentos, bibliografía, datos secundarios y entrevistas semiestructuradas a líderes de políticas nacionales de regulación, formación y provisión. A partir del análisis que se centró en la caracterización del proceso de la puesta en marcha, en las continuidades y cambios institucionales y distribución de recursos, en el contexto político y en la posición y acción de los actores colectivos relevantes, el artículo describe y analiza la puesta en marcha del programa en cada uno de sus tres ejes – infraestructura, capacitación y provisión– y muestra su división en cuatro fases: implementación inicial acelerada, implementación sostenida, implementación parcialmente bloqueada e implementación residual. Su mayor aporte es la comprensión de lo que ha cambiado y las razones por las que ha cambiado, así como el hecho de incitar la reflexión sobre la sostenibilidad de las políticas que buscan atender las insuficiencias en la oferta y formación médica, incluso frente a la posición hegemónica de las entidades médicas.