Anafilaxia na sala de emergência: tão longe do desejado!
Anaphylaxis in the emergency room: still a long way to go

Arq. Asma, Alerg. Imunol; 1 (2), 2017
Publication year: 2017

Objetivo:

Anafilaxia é a mais dramática condição clínica da emergência em alergia. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento de médicos em serviços de urgência e emergência sobre o manejo da anafilaxia.

Métodos:

Estudo transversal, onde foi aplicado questionário escrito para 119 médicos em oito hospitais (grupo Hospital) e 210 médicos de nove Unidades de Pronto Atendimento/Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (grupo UPA/SAMU) entre abril e setembro/2016.

Resultados:

Entre os convidados, responderam ao questionário 79 (66,4%) médicos que atuavam em Hospital, e 78 (37,1%) em UPA/SAMU. Cento e vinte e dois participantes (78,7%) se formaram há até 10 anos. Sessenta e nove médicos (43,9%) acertaram o diagnóstico de anafilaxia, e apenas 29 (18,5%) identificaram os sistemas que podem ser acometidos na reação anafilática. A adrenalina intramuscular foi referida como primeira opção de tratamento da anafilaxia por 64 (40,7%), e o glucagon foi escolhido como opção em pacientes que utilizam ß-bloqueadores por 19 (12,1%) dos médicos. A orientação quanto aos autoinjetores foi referida por 71 (45,3%) dos médicos.

Conclusão:

O nível de conhecimento médico em serviços de urgência e emergência sobre o manejo da anafilaxia é baixo. As diretrizes não são seguidas e podem resultar em desfecho desfavorável ao paciente com reação anafilática.

Objective:

Anaphylaxis is the most dramatic clinical presentation of allergy in the emergency setting. The aim of this study was to assess knowledge on anaphylaxis management among physicians working at emergency services.

Methods:

A cross-sectional study was carried out and a written questionnaire was applied to 119 physicians working at eight hospitals (Hospital group) and to 210 physicians working at nine emergency services/mobile emergency services (UPA/SAMU group) between April and September 2016.

Results:

Among the respondents, 79 (66.4%) physicians worked at hospitals and 78 (37.1%) at emergency services. One hundred twenty-two participants (78.7%) had graduated less than ten years earlier. Sixty-nine physicians (43.9%) correctly diagnosed anaphylaxis, and only 29 (18.5%) identified the systems that could be affected in an anaphylactic reaction. Intramuscular adrenaline was reported as the first treatment option for anaphylaxis by 64 physicians (40.7%), and glucagon was chosen as an option in patients using ß-blockers by 19 (12.1%). The use of auto-injectors was referred by 71 (45.3%) of the physicians.

Conclusion:

The level of medical knowledge on anaphylaxis management in emergency departments is low. Guidelines are not followed and may result in an unfavorable outcome for patients presenting with an anaphylactic reaction.

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