Medicina de precisão na asma
Precision medicine in asthma
Arq. Asma, Alerg. Imunol; 1 (4), 2017
Publication year: 2017
O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão atual de uma medicina de precisão personalizada e dirigida para fenótipos e endótipos de asma. As fontes de dados incluíram artigos originais, revisões e publicações indexadas nos bancos de dados PubMed, MEDLINE, LILACS, SciELO e publicadas on line nos últimos 20 anos. Os resultados mostram que a asma tem sido considerada uma doença única por anos, e que estudos mais recentes cada vez mais focam na sua heterogeneidade. Esta heterogeneidade resulta em que a asma contém múltiplos fenótipos ou grupos de características consistentes. Um endótipo é um subtipo desta doença, definido por um distinto mecanismo fisiopatológico, e é associado a um biomarcador. Múltiplos modificadores da resposta imune estão sendo avaliados na asma denominada T2 alta, bloqueando as interleucinas IL-5, IL-13, imunoglobulina E e outras vias. Assim, muitas destas terapias visando a asma T2 alta têm demonstrado melhor eficácia quando certos biomarcadores estão elevados, especialmente os eosinófilos. Já o tipo de asma T2 baixo, que não apresenta biomarcadores precisos, é geralmente diagnosticada pela ausência de biomarcadores para T2 alta. Estes pacientes tendem a ter mais resistência a tratamento com esteroides e o desenvolvimento de novas terapias são muito menos apreciáveis do que as com o tipo T2 alto. As conclusões são que a disponibilidade de agentes bioterapêuticos dirigidos especificamente a IgE, IL-5 e IL-13 é uma excitante evolução da medicina molecular. Contudo, estes agentes bioterapêuticos somente são efetivos quando dirigidos a fenótipos específicos de asma.
The objective of this study was to conduct an updated review of the role of personalized phenotype-endotype driven precision medicine in asthma. Sources of data included original articles, reviews and other publications indexed in PubMed, MEDLINE, LILACS, and SciELO and published online over the last 20 years. The results showed that asthma has been considered as a single disease for years, and more recent studies have increasingly focused on its heterogeneity. This heterogeneity has promoted the concept that asthma consists of multiple phenotypes or consistent groupings of characteristics. An endotype is a subtype of a condition, defined by a distinct pathophysiological mechanism and linked to a biomarker. Several immune response modifiers have been evaluated in T2-high asthma geared at blocking interleukins IL-5, IL-13, immunoglobulin E, and other pathways. Thus, many of the T2-high asthma therapies available have shown improved effectiveness when certain biomarkers are elevated, especially eosinophils. Conversely, T2-low asthma does not currently have any readily available point-of-care biomarkers, and therefore is often diagnosed based on the absence of T2-high biomarkers. These patients tend to present greater resistance to steroids, and the development of therapies has lagged behind that observed for T2-high asthma. In conclusion, the availability of biotherapeutic agents specifically targeted at IgE, IL-5, and IL-13 is an exciting vindication of molecular medicine. However, these biotherapeutic agents are only effective when targeted at specific asthma phenotypes.