Estudo do nível de conhecimento e interesse do cirurgião dentista no diagnóstico e tratamento da síndrome da apnéia/hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS)
Study of the level of knowledge and interest of the dental surgeon in the diagnosis and treatment of obstructive sleep apnea/hypopnea syndrome (OSAHS)

Rev. Odontol. Araçatuba (Impr.); 43 (3), 2022
Publication year: 2022

Atualmente, o tratamento do ronco primário e da Síndrome da Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS)1 através de aparelhos intra-orais (AIO) tem recebido a atenção dos pesquisadores pela comprovada eficácia destes dispositivos. Os aparelhos mais indicados são os reposicionadores de mandíbula que promovem um avanço mandibular, afastando os tecidos da orofaringe superior, o que evita a obstrução parcial ou total da área. Sua indicação é para casos de ronco primário e apnéias leves e moderadas2, no entanto é necessário que os candidatos apresentem número de dentes suficientes com saúde periodontal para a ancoragem do aparelho. Por ser uma doença de consequências sistêmicas graves, o tratamento da SAHOS é em sua essência de responsabilidade do médico especialista na área, porém o cirurgião dentista deve ter conhecimento para diagnosticar e tratar, quando o AIO for a opção terapêutica. A interpretação da polissonografia, exame que diagnostica e conduz para a escolha correta do tratamento, e dos dados cefalométricos são os principais quesitos ao Cirurgião Dentista que se propõe a tratar portadores da SAHOS. Nesse trabalho foi elaborado um questionário e aplicado aos cirurgiões dentistas de três diferentes cidades do Estado de São Paulo para que fosse possível avaliar o conhecimento desses profissionais a respeito do diagnóstico e tratamento da SAHOS. 70 Cirurgiões Dentistas foram entrevistados e os resultados mostraram que 70% destes têm interesse em trabalhar com os AIOs. Esse grupo se relacionou estatisticamente significante com aqueles que afirmaram já terem sido alguma vez questionado por algum paciente a respeito desse tratamento. Quanto à criação de uma especialidade para essa área, os profissionais da área de prótese e implante se mostraram mais interessados. E, do número total de entrevistados, apenas 25% já tiveram contato com esse tipo de aparelho, mas não conhece o protocolo de atendimento para o tratamento desses pacientes(AU)
Currently, the treatment of primary snoring and Obstructive Sleep Apnea/Hypopnea Syndrome (OSAHS)1 through intraoral appliances (OA) has received the attention of researchers due to the proven effectiveness of these devices. The most suitable devices are jaw repositioning devices that promote mandibular advancement, moving the tissues away from the upper oropharynx, which prevents partial or total obstruction of the area. Its indication is for cases of primary snoring and mild to moderate apnea2, however it is necessary that candidates have a sufficient number of teeth with periodontal health to anchor the appliance. As it is a disease with serious systemic consequences, the treatment of OSAHS is, in essence, the responsibility of the specialist in the area, but the dental surgeon must have the knowledge to diagnose and treat, when OA is the therapeutic option. The interpretation of polysomnography, na exam that diagnoses and leads to the correct choice of treatment, and cephalometric data are the main requirements for the Dental Surgeon who proposes to treat patients with OSAHS. In this work, a questionnaire was developed and applied to dentalsurgeons from three different cities in the State of São Paulo so that it was possible to assess the knowledge of these professionals regarding the diagnosis and treatment of OSAHS. 70 Dental Surgeons were interviewed and the results showed that 70% of them are interested in working with AIOs. This group had a statistically significant relationshipwith those who stated that they had already been asked by a patient about this treatment. Regarding the creation of a specialty for this area, professional in the area of ??prosthesis and implant were more interested. And, of the total number of respondents, only 25% have already had contact with this type of device, but do not know the care protocol for the treatment of these patients(AU)

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