DST j. bras. doenças sex. transm; 34 (), 2022
Publication year: 2022
Introduction:
The prevention of vertical transmission of sexually transmitted diseases is the object of research by several authors, who reinforce the
importance of knowing the serological status of a woman’s sexual partner. Objective:
To evaluate the prevalence and serodiscordance of HIV, hepatitis B,
hepatitis C, and syphilis infections among women admitted to a maternity hospital in southern Brazil and their partners. Methods:
350 women and their
partners were interviewed in a service-based cross-sectional study conducted from August 16 to November 23, 2018. Results:
4.0% of the women and
4.3% of the men had one of the infections studied. Among women, 2.0% already knew they were HIV positive, 2.0% had a positive rapid test for syphilis
and there was no positive result for hepatitis B or C. A total of 299 (85.4%) partners were located. Of these, 293 (98.0%) agreed to answer the study
questionnaire. Of all men interviewed, 281 (95.9%) agreed to undergo an rapid test. Among men, 1.4% already knew they were HIV positive and 0.4%
had chronic hepatitis B disease. There was a similar percentage of men with a positive rapid test for syphilis and hepatitis C (1.4%). Regarding couples,
6.8% had some positive test. Most of the positive test subjects were in a serodiscordant relationship (16 serodiscordant couples and 3 positive concordant
couples). Conclusion:
These results reinforce the importance of testing men to prevent the infection of a negative partner and the vertical transmission of
sexually transmitted infections. The high acceptance, by men, to undergo an rapid test at the time of the woman’s hospitalization demonstrated the viability
of this strategy in the maternity ward.
Introdução:
A prevenção da transmissão vertical de doenças sexualmente transmissíveis é objeto de pesquisa de diversos autores, os quais reforçam a
importância do status sorológico do parceiro sexual da mulher. Objetivo:
Avaliar a prevalência e a sorodiscordância de infecções por HIV, hepatite B,
hepatite C e sífilis em mulheres internadas em uma maternidade localizada no Sul do Brasil e seus parceiros. Métodos:
Foram entrevistadas 350 mulheres
e seus parceiros em um estudo transversal de base de serviço realizado de 16 de agosto a 23 de novembro de 2018. Resultados:
Do grupo consultado, 4,0%
das mulheres e 4,3% dos homens apresentaram alguma das infecções estudadas. Entre as mulheres, 2% já sabiam ser HIV positivas e 2% apresentaram teste
rápido positivo para sífilis. Para hepatite B ou C, não se registrou nenhum resultado positivo. Foram localizados 299 (85,4%) companheiros, destes, 293
(98,0%) aceitaram responder ao questionário do estudo. Do total de homens entrevistados, 281 (95,9%) concordaram em se submeter aos testes rápidos,
entre eles, 1,4% já sabiam ser HIV positivos, 0,4% eram portadores crônicos de hepatite B e 1,4% apresentaram testes rápidos positivos para sífilis e hepatite
C. Em relação aos casais, 6,8% possuíam algum teste positivo, a maioria (16) era formada de indivíduos sorodiscordantes e 3 de concordantes positivos.
Conclusão:
Esses resultados reforçam a importância da testagem masculina com a intenção de evitar a infecção do cônjuge negativo e a transmissão
vertical das infecções sexualmente transmissíveis. A alta aceitação masculina de se submeter ao teste rápido durante a internação da mulher demonstrou a
viabilidade dessa estratégia de testagem na maternidade.