Entendendo a alergia ocular
Understanding eye allergy

Arq. Asma, Alerg. Imunol; 4 (1), 2020
Publication year: 2020

A associação entre sintomas de asma, rinoconjuntivite (RCA) e conjuntivite alérgica (CA) é frequente, e sintomas oculares podem afetar 75% dos pacientes com rinite, e 20% dos asmáticos. Embora asma e RCA sejam comumente associadas, a prevalência desta em crianças e os fatores de risco para seu desenvolvimento têm sido estudados com menor frequência. A CA é um espectro de condições clínicas que varia de formas agudas a formas crônicas e graves. A CA é frequentemente subdiagnosticada em pacientes com RA e asma, pois os sintomas são pouco valorizados. O desenvolvimento de RCA depende de fatores genéticos e ambientais, e estudos indicam que sexo, história familiar de atopia, sensibilização precoce, alergia alimentar e dermatite atópica são fatores de risco.

Existem seis formas clínicas de alergia ocular:

conjuntivite alérgica sazonal, conjuntivite alérgica perene, ceratoconjuntivite vernal, conjuntivite papilar gigante, ceratoconjuntivite atópica e blefaroconjuntivite de contato. As diferentes formas clínicas envolvem diferentes mecanismos imunológicos, principalmente reações de hipersensibilidade Tipo 1 e Tipo 4. Os principais sintomas são prurido ocular, hiperemia conjuntival, secreção ocular e lacrimejamento, sendo o prurido o sintoma cardinal. A avaliação do especialista em alergia é importante para a identificação de possíveis agentes desencadeantes, e do oftalmologista para avaliar possíveis complicações. A maioria dos pacientes com alergia ocular inicia o tratamento com automedicação, geralmente com colírios não específicos. Anti-histamínicos são os principais medicamentos utilizados. Corticoides tópicos são reservados para casos graves. Imunomoduladores podem beneficiar esses pacientes, bem como imunoterapia. Imunobiológicos têm sido estudados para casos refratários.
Association between asthma, allergic rhinoconjunctivitis (ARC) and allergic conjunctivitis (AC) is frequent, and ocular symptoms may affect 75% of patients with rhinitis and 20% of those with asthma. Although asthma and ARC are commonly associated, the prevalence of eye allergy in children and the risk factors for its development are not well established. AC is a spectrum of clinical conditions ranging from acute to severe chronic cases. It is frequently underdiagnosed in patients with asthma and rhinitis because symptoms are underestimated. ARC development depends on genetic and environmental factors, and studies indicate that sex, family history of atopy, early sensitization, food allergy and atopic dermatitis are risk factors.

There are six clinical forms of eye allergy:

seasonal allergic conjunctivitis, perennial allergic conjunctivitis, vernal keratoconjunctivitis, giant papillary conjunctivitis, atopic keratoconjunctivitis and contact blepharoconjunctivitis. Different clinical aspects involve different immunologic mechanisms, especially type 1 and type 4 hypersensitivity reactions. The most common symptoms are itchy eyes, conjunctival hyperemia, ocular discharge and watering. The evaluation of an allergy specialist is important to identify possible triggering factors, and an ophthalmologist is able to evaluate possible complications. Most patients with eye allergy start treatment with self-medication, generally non-specific eye drops. Anti-histamines are the most commonly used medications. Topical corticosteroids are reserved for severe cases. Immunomodulators may benefit such patients, as well as immunotherapy. Biologics are being studied for refractory cases.

More related