Arq. Asma, Alerg. Imunol; 4 (1), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
A dermatite atópica (DA) é doença inflamatória da pele, recidivante e que acomete crianças e adultos e compromete a qualidade de vida destes doentes. Objetivos:
Avaliar o impacto da DA moderada a grave na vida social e na qualidade de vida de pacientes adultos, assim como as suas expectativas quanto à evolução da doença e do seu tratamento. Métodos:
Duzentos adultos (18 a 65 anos) com diagnóstico médico de DA moderada a grave responderam por via telefônica questionário com perguntas sobre a sua doença, interferência com o seu dia a dia, a atividade laboral, medicação em uso, assim como as suas expectativas com relação a novos tratamentos. Resultados:
Na população avaliada houve predomínio de mulheres, média de idade de 37 anos, com nível elevado de escolaridade, e na sua maioria pertencentes às classes sociais A e B (68%). O tempo médio para obtenção do diagnóstico foi de 15 meses a partir dos primeiros sintomas. Lesões em dobras e pescoço, eritema, prurido e xerose foram os sinais/sintomas mais frequentes. As formas mais graves acompanharam-se por maior impacto no trabalho, autoestima e qualidade de vida. Setenta por cento procurou tratamento psicoterápico. Apesar de estarem em tratamento regular, um terço apresenta exacerbações da DA. Hidratantes e corticosteroides tópicos têm sido os mais utilizados. Em busca de cura, 90% abriria mão de objetos de desejo para iniciar tratamento de alto custo, desde que fosse eficaz. Conclusões:
A DA compromete a qualidade de vida dos pacientes que buscam por soluções terapêuticas mais definitivas.
Introduction:
Atopic dermatitis (AD) is a recurrent inflammatory skin disease that affects children and adults and compromises the quality of life of these patients. Objectives:
To evaluate the impact of moderate-to-severe on social life and quality of life of adult patients with AD, as well as their expectations regarding new treatments. Methods:
Two hundred adults aged 18 to 65 years with medical diagnosis of moderate-to-severe AD answered telephone-administered questions about their condition, impact on daily life and work, use of medication and expectations regarding new treatments. Results:
In the study sample, most patients were female, their mean age was 37 years, and most of them had high level of education and belonged to upper social level (68%). The mean time to diagnosis was 15 months after the first symptoms. Lesions in folds and neck, erythema, pruritus and xerosis were the most common signs and symptoms. The most severe forms were related to greater impact on work, self-esteem and quality of life. Seventy percent sought psychotherapeutic treatment. Despite being under regular treatment, a third of patients had AD exacerbations. Moisturizers and topical corticosteroids were the most frequently used treatments. Ninety percent of respondents would forgo objects of desire to initiate a high-cost therapy as long as it was effective. Conclusions:
AD compromises the quality of life of patients seeking more definitive therapeutic solutions.