Psicologia, 60 anos, e a crítica da crítica
Psychology: 60 years and the critique of the critique
Psicología, 60 años y la crítica a la crítica

Psicol. ciênc. prof; 42 (spe), 2022
Publication year: 2022

Num marco de 60 anos da regulamentação da psicologia, em momento de aguçamento da crise estrutural do capital, analisamos em que sentido a crítica na/da/à psicologia se desenvolve, como ela influi no recente desenvolvimento da profissão e suas implicações. Trata-se de um trabalho teórico em que dialogamos com exercícios analíticos críticos na psicologia brasileira desde o marxismo. Por um lado, verificamos a crítica na/da/à psicologia não apenas se desenvolvendo, como influindo no desenvolvimento dessa área no Brasil em direção a análises e explicações mais condizentes com a realidade, bem como a práticas mais comprometidas ética e politicamente, superando lacunas históricas. Por outro, constatamos inflexões e abrandamentos na crítica atrelados à conjuntura, sua institucionalização na academia (em termos da produção de conhecimento) e políticas sociais (referente ao trabalho profissional), formando uma crise na práxis da psicologia crítica: o aguçamento da crise estrutural do capital se expressando nas propostas críticas à/da/na psicologia. Como caminhos para a continuidade da crítica como motor do desenvolvimento da psicologia, sinalizamos: a) explicitação da dimensão ontológica na/da crítica e seus projetos ético-políticos de psicologia e sociedade; b) análises totalizantes, em vez de fragmentações da realidade; c) práxis como critério de verdade, superando a noção da crítica como algo em si ou mero exercício teórico descolado da realidade; d) emancipação humana como horizonte; e) resgate da radicalidade; e f) ir além das fronteiras da psicologia, em direção às lutas e movimentos sociais.(AU)
Within the framework of the 60th anniversary of psychology regulation in Brazil, in a moment of sharpening of the structural crisis of capital, this paper analyzes in what sense the critique in/of psychology is developed, how it influences recent psi development and its implications. This theoretical work dialogues with critical analytical exercises in Brazilian psychology since Marxism. On one hand, we see the critique of psychology not only developing, but also influencing the development of this field in Brazil towards analyses and explanations more consistent with reality, as well as towards more ethically-politically committed practices, overcoming historical gaps. On the other, we observe inflections and slowdowns in the critique linked to the conjuncture, its institutionalization in academia (in terms of knowledge production) and social policies (referring to professional work), leading to a crisis in critical psychology praxis; the sharpening of the structural crisis of capital expressed in critical proposals of/in psychology. As paths for a continued critique as a driver for developing psychology, we point out a) explicitness of the ontological dimension of the critic and its ethical-political projects of psychology and society; b) totalizing analyses, instead of fragmentations of reality; c) praxis as a truth criteria, overcoming the notion of critique as something in itself or mere theoretical exercise detached from reality; d) human emancipation as a horizon; e) rescue of radicalism; and f) go beyond the borders of psychology, towards social struggles and movements.(AU)
En el hito de los 60 años de regulación de la psicología y la agudización de la crisis estructural del capital, analizamos en qué sentido se desarrolla la crítica en/a la psicología, cómo esta influye en el reciente desarrollo de la profesión y sus implicaciones. Es un trabajo teórico, que dialoga con ejercicios analíticos críticos en la psicología brasileña desde el marxismo. Por un lado, la crítica en/a la psicología no solo se desarrolla, sino que incide en la psicología brasileña por medio de un análisis y explicaciones más acordes con la realidad, así como prácticas más comprometidas ético-políticamente al superar lagunas históricas. Por otro, se constatan las inflexiones y ablandamientos en la crítica relacionados a la coyuntura, su institucionalización en la academia (en relación a la producción de conocimiento) y en las políticas sociales (referidas al trabajo profesional), lo que configura una crisis en la praxis de la psicología crítica: la agudización de la crisis estructural del capital se expresa en propuestas críticas a/desde la psicología. Para seguir la crítica como motor del desarrollo de la psicología, señalamos: a) la explicitación de la dimensión ontológica en/de la crítica y los proyectos ético-políticos de psicología y sociedad; b) los análisis totalizadores más que fragmentaciones de la realidad; c) la praxis como criterio de verdad, superando la noción de la crítica como algo en sí o mero ejercicio teórico desvinculado de la realidad; d) la emancipación humana como horizonte; e) el rescate del radicalismo; e f) ir más allá de las fronteras de la psicología hacia luchas y movimientos sociales.(AU)

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