Rotator Cuff Lesion and Obesity: A Demographic and Metabolic Evaluation
Lesão do manguito rotador e obesidade: Uma avaliação demográfica e metabólica
Rev. Bras. Ortop. (Online); 57 (2), 2022
Publication year: 2022
Abstract Objective To analyze the relationship between the presence and severity of rotator cuff (RC) injury with obesity and the time of exposure to obesity. Secondarily, to evaluate the relationship and prevalence of demographic and metabolic factors in obese individuals with RC injury. Methods This is a cross-sectional study with 235 obese patients (body mass index [BMI] 30 kg/m2). Demographic data (age and gender), metabolic data (hypertension, diabetes mellitus, lipid profile, and time of exposure to obesity), physical examination (weight, height, waist circumference, and clinical tests), and musculoskeletal ultrasound examination were used to analyze the results. Results There was no evidence of an association between RC injury and BMI (p ¼ 0.82), time of exposure to obesity (p ¼ 0.29), or abdominal circumference (p ¼ 0.52). In the subgroup with injury, age (p < 0.001), presence of diabetes mellitus (p ¼ 0.013), hypertension (p < 0.001), level of high-density lipoprotein (HDL) (p ¼ 0.026), and time of exposure to obesity (p < 0.001) were significantly greater compared to the subgroup without injury. In the search for other parameters independently associated with RC injury, associations were observed with age (p ¼ 0.0003) and hypertension (p ¼ 0.004). Conclusion We did not evidence an association between obesity and the time of exposure to it with the occurrence and severity of RC injury. However, individuals with injury had a longer time of exposure to obesity and prevalence of metabolic disorders than individuals without RC injury. In addition, our findings suggest an association between systemic arterial hypertension (SAH) and advanced age with RC injury.
Resumo Objetivo Analisar a relação da presença e da gravidade da lesão do manguito rotador (MR) com a obesidade e o tempo de exposição à obesidade. De forma secundária, avaliar a relação e a prevalência de fatores demográficos e metabólicos em indivíduos obesos com lesão do MR. Métodos Trata-se de um estudo transversal, com 235 pacientes obesos (índice de massa corporal [IMC] 30 kg/m2). Dados demográficos (idade e gênero), metabólicos (hipertensão, diabetes mellitus, perfil lipídico, e tempo de exposição à obesidade), exame físico (peso, estatura, circunferência abdominal, e testes clínicos), e exame ultrassonográfico musculoesquelético foram utilizados para a análise dos resultados. Resultados Não foi evidenciada associação da lesão do MR com IMC (p ¼ 0,82), tempo de exposição à obesidade (p ¼ 0,29), ou circunferência abdominal (p ¼ 0,52). No subgrupo com lesão, a idade (p < 0,001), a presença de diabetes melito (p ¼ 0,013), a hipertensão (p < 0,001), o nível de lipoproteína de alta densidade (high-density lipoprotein, HDL, em inglês) (p ¼ 0,026), e o tempo de exposição à obesidade (p < 0,001) foram significativamente maiores em comparação ao subgrupo sem lesão do MR. Na busca por demais parâmetros associados de forma independente para lesão do MR, foram observadas associações com idade (p ¼ 0,0003) e hipertensão (p ¼0,004). Conclusão Não evidenciamos associação da obesidade e do tempo de exposição a ela coma ocorrência e a gravidadeda lesãodo MR. Porém, indivíduos comlesão apresentaram maior tempo de exposição à obesidade e prevalência de disfunções metabólicas do que indivíduos sem lesão. Além disso, nossos achados sugerem uma associação entre hipertensão arterial sistêmica (HAS) e idade avançada com a lesão do MR.