Correlation Between Implant Positioning and Functional Outcomes in Partial Shoulder Resurfacing
Correlação entre posicionamento do implante das artroplastias parciais de recobrimento do ombro e os resultados funcionais
Rev. Bras. Ortop. (Online); 57 (3), 2022
Publication year: 2022
Abstract Objective The present study aimed to correlate functional outcomes and implant positioning in a case series of partial shoulder resurfacing arthroplasties. Methods A total of 25 patients were assessed for range of motion, functional outcome per the University of California at Los Angeles (UCLA) score and radiographic findings. Preand postoperative data were compared. In addition, patients were grouped according to the cervical-diaphyseal angle (CDA) determined by an anteroposterior radiography and to the retroversion angle (RVA) determined by an axillary radiography. A CDA from 130° to 140° and a RVA from 20° to 40° consisted in ideal positioning (anatomical standard). Data were analyzed using the Wilcoxon signed-rank test, analysis of variance (ANOVA) followed by the Kruskal-Wallis test or the Mann-Whitney test as appropriate. Results The mean follow-up time was 48.3 months (12 to 67 months). The postoperative functional score (31.5) was higher than the preoperative score (15.5) (p < 0.001). In 6 patients, the implant was in anatomical positioning, while implant positioning was considered "nonstandard" in 19 subjects. Seven patients had a CDA < 130°, and 14 patients had a CDA ranging from 130° to 140°; in addition, the CDA was > 140° in 4 subjects. The RVA was up to 20° in 15 patients and ranged from 20° to 40° in 10 subjects. Using these criteria to group patients, the postoperative clinical-functional parameters were not statistically different from the preoperative findings (p > 0.05). Conclusion Partial shoulder resurfacing results in significant postoperative functional recovery in patients with degenerative joint diseases. However, implant positioning assessed by CDA and RVA does not correlate with clinical-functional outcomes and, therefore, it is an inaccurate indicator of surgical success. Level of Evidence IV; Case Series.
Resumo Objetivo O objetivo do presente estudo é correlacionar os resultados funcionais de uma série de casos de artroplastias parciais de recobrimento do ombro com o posicionamento do implante. Métodos Um total de 25 pacientes foram avaliados em relação à amplitude de movimentos, à avaliação funcional pelo escore de Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) e por análise radiográfica. Os dados pré- e pós-operatórios foram comparados. Adicionalmente, os pacientes foram agrupados quanto ao ângulo cérvico-diafisário (ACD) avaliado na radiografia em anteroposterior e quanto ao ângulo de retroversão (ARV) avaliado na radiografia em posição axilar. Foi considerado como posicionamento ideal (padrão anatômico) um ACD entre 130° e 140° e um ARV entre 20° e 40°. Os dados foram analisados pelo teste pareado de Wilcoxon, pela análise de variância (ANOVA, na sigla em inglês) seguida pelo pós-teste de Kruskal-Wallis ou pelo teste de Mann-Whitney, quando apropriado. Resultados O seguimento médio foi de 48,3 meses (12 a 67 meses). A avaliação funcional pós-operatória (31,5) foi melhor do que a pré-operatória (15,5) (p < 0,001). Seis pacientes apresentaram posicionamento anatômico do implante, enquanto 19 pacientes foram considerados "fora do padrão." Sete pacientes apresentaram um ACD < 130°, quatorze apresentaram um ACD entre 130° e 140°, e quatro apresentaram um ACD >140°. Quinze pacientes apresentaram um ARV ≤ 20°, e 10 entre 20° e 40°. Utilizando esses critérios para agrupar os pacientes, a comparação dos parâmetros da avaliação clínico-funcional pós-operatória não foi estatisticamente diferente (p > 0,05). Conclusão A artroplastia parcial de recobrimento do ombro oferece significativa recuperação funcional pós-operatória em pacientes com doenças degenerativas articulares. Entretanto, o posicionamento do implante avaliado pelos ACD e ARV não se correlaciona com o resultado clínico-funcional, sendo, portanto, uma medida imprecisa de sucesso da cirurgia. Nível de Evidência IV, Série de Casos.