Automedicação para clareamento dental: quais são seus riscos
Self dental whitening: what are your risks?
Rev. flum. odontol; 2 (58), 2022
Publication year: 2022
O escurecimento dental pode ser interpretado como um ponto de tensão visual
e a busca pelo clareamento dos elementos dentários são baseados na
percepção individual e imersa sobre interferências culturais que o indivíduo
sofre. A preocupação com a estética do sorriso é histórica, tendo diversos
mecanismos que foram usados para branquear os dentes e limpá-los
(CONSOLARO, 2013). Atualmente, têm-se um forte apelo pelas mídias
levando os indivíduos a buscarem meios para alcançarem o referido padrão
estético (RAMOS; MONNERAT; PEREZ, 2014). A classificação dos
produtos branqueadores como cosméticos traz prejuízo quanto ao uso
irracional e sem supervisão, pois decorre de uma ideia diferente que se tem
popularmente que apenas medicamentos podem trazer prejuízos à saúde,
assim, seria melhor classificá-los como medicamentos, até porque são
capazes de acarretarem mudanças fisiológicas (CONSOLARO, 2013).
Diante do exposto, a FDA (Food and Drug Administration) começou a
classificá-los como medicamentos ou drogas em 1991 (CONSOLARO
A; FRANCISCHONE; CONSOLARO R, 2011). Os agentes branqueadores são
à base de peróxido de hidrogênio (H2O2) e são encontrados em dentifrícios,
enxaguantes bucais, clareamento dental de consultório e caseiro, e a
própria água oxigenada usada para bochecho.