Clin. biomed. res; 42 (1), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
A hemoterapia é uma prática terapêutica pelo meio de transfusão sanguínea. Devido ao baixo estoque de bolsas de sangue e o aumento de pacientes crônicos e emergenciais, se faz necessária a realização de testes imuno-hematológicos para minimizar os riscos de reações transfusionais e aloimunizações em doadores e receptores de sangue. Deste modo, no estudo foi avaliada a prevalência dos antígenos dos sistemas Rh e Kell em doadores de sangue de Porto Alegre – RS.Métodos:
Estudo quantitativo, transversal e retrospectivo que foi realizado através da análise das informações dos doadores de sangue contidas no banco de dados do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul, nos anos de 2018 e 2019.Resultados:
Das 6.479 amostras fenotipadas, quanto ao sistema Rh, 44,6% são Rh positivo e 55,4% são Rh negativo. As frequências dos antígenos encontradas foram de, CC 10,1%, Cc 27%, cc 62,9%, EE 1,2%, Ee 13,9%, ee 84,9%. E, para o sistema Kell, K1 positivo 7,1% e K1 negativo 92,9%.Conclusões:
Antígenos do sistema Rh e Kell exibem um grande nível de imunogenicidade e uma forte ligação com a Doença Hemolítica do Recém-nascido, podendo ocorrer a sensibilização em pacientes caso não haja a compatibilidade sanguínea. Este estudo ressalta a importância da implementação da fenotipagem eritrocitária em doadores de sangue, sugere-se mais estudos com períodos distintos para a pesquisa de resultados satisfatórios.
Introduction:
Hemotherapy is a therapeutic practice consisting of blood transfusion. Low blood supply and an increase in chronic and emergency patients have made it necessary to conduct immunohematology tests to minimize the risks of adverse reactions and alloimmunization in donors and recipients. Therefore, this study aimed to assess the prevalence of Rh and Kell blood group antigens among blood donors in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil.Methods:
We conducted a quantitative, cross-sectional, retrospective study. Information from blood donors included in the Rio Grande do Sul’s Blood Center database from 2018 to 2019 were analyzed.Results:
A total of 6,479 samples were phenotyped, of which 44.6% were Rh-positive and 55.4% were Rh-negative. Antigen prevalence was CC (10.1%), Cc (27%), cc (62.9%), EE (1.2%), Ee (13.9%), and ee (84.9%). As for the Kell group, 7.1% were K1-positive and 92.9% were K1-negative.Conclusions:
The Rh and Kell antigens are highly immunogenic and have a strong link with the hemolytic disease of the newborn. Sensitization may occur in patients if there is no blood compatibility. This study highlights the importance of implementing erythrocyte phenotyping in blood donors. Further studies should be conducted in different time frames to achieve satisfactory results.