Rev. méd. Minas Gerais; 32 (), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
A cirurgia bariátrica é atualmente o tratamento indicado
para a obesidade mórbida e a técnica do bypass gástrico em Y de Roux
(BGYR) largamente utilizada em todo o mundo, mesmo para pacientes
superobesos. No Brasil, o BGYR é a técnica de escolha da maioria dos
cirurgiões bariátricos. As deiscências de anastomose ou da linha de
grampeamento estão entre as complicações cirúrgicas mais temidas.
Relato de Caso:
Paciente com fístula da anastomose gastrojejunal após
bypass gástrico em Y de Roux comunicando com a ferida operatória,
foi tratado com sucesso com tratamento endoscópico conservador. Após
o diagnóstico, o paciente foi submetido à endoscopia digestiva alta
em ambiente de centro cirúrgico com passagem de sonda nasoenteral.
Onze dias após, foi realizada uma segunda endoscopia com dilatação da
anastomose gastrojejunal com vela de Savary-Gillard. A fístula fechou
em 21 contando da data de seu diagnóstico. Conclusão:
A partir desse
relato, conclui-se que a abordagem conservadora de fístulas pós-BGYR
em pacientes estáveis com auxílio endoscópico para o posicionamento
da sonda nasoenteral e dilatação com vela pode reservar bons resultados
terapêuticos para a condução dessa complicação e evitar intervenções
cirúrgicas mais complexas.
Introduction:
Bariatric surgery is currently the indicated treatment for
morbid obesity and the Roux-en-Y gastric bypass (RYGB) technique is
widely used worldwide, even for super obese patients. In Brazil, RYGB is
the most chosen technique of bariatric surgeons. Although, anastomosis or
stapling line dehiscences are one of the most feared surgical complications.
Case Report:
A patient with gastrojejunal anastomosis fistula after Rouxen-Y gastric bypass communicating with the surgical wound was successfully
treated with conservative endoscopic treatment. After diagnosis, the patient
underwent upper digestive endoscopy in operating room with introduction
of a nasoenteral tube. Eleven days later, a second endoscopy was performed
with dilation of the gastrojejunal anastomosis with a Savary-Gilliard bougie.
The fistula closed at the day 21 counting from the date of his diagnosis.
Conclusion:
From this report, it's concluded that the conservative approach
of post-RYGB fistulas in stable patients with endoscopic aid for positioning
the nasoenteral tube and dilation with a bougie can reserve good therapeutic
results for the management of this complication and avoid more surgical
interventions complex.