Clin. biomed. res; 42 (2), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
A pediatria apresenta um cenário bastante específico devido ao uso de medicamentos off-label e carência de estudos científicos direcionados à utilização de medicamentos por essa população. Assim, o farmacêutico clínico pode contribuir na identificação e prevenção de problemas relacionados a medicamentos.Métodos:
Estudo de coorte retrospectivo realizado em uma unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Foram analisadas as intervenções farmacêuticas realizadas entre março de 2016 a julho de 2018 por farmacêuticos clínicos. Tais intervenções foram reclassificadas conforme os critérios de um instrumento de acompanhamento farmacêutico (bundle) utilizado na rotina. Foi realizada análise estatística descritiva das variáveis estudadas.Resultados:
Das 582 intervenções farmacêuticas analisadas, as categorias mais prevalentes foram dose (n = 97; 16,7%), necessidade (n = 92; 15,8%) e forma farmacêutica (n = 56; 9,6%). Após reclassificação das intervenções farmacêuticas utilizando o bundle, os critérios mais prevalentes foram: critério 1 (revisão da farmacoterapia; n = 285; 49%), critério 4 (analgesia; n = 78; 13,4%) e critério 10 (antimicrobianos; n = 65; 11,2%). As classes de medicamentos mais frequentes foram os do sistema nervoso (n = 213; 36,6%) e os anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (n = 115; 19,8%). A taxa de adesão das intervenções farmacêuticas pela equipe médica foi de 85,1%.Conclusão:
A classificação das intervenções farmacêuticas utilizando o bundle pode contribuir no aperfeiçoamento do instrumento tornando-o mais viável para uso na unidade de terapia intensiva pediátrica e direcionar o trabalho do farmacêutico clínico nas situações que geram mais problemas relacionados a medicamentos.
Introduction:
Pharmaceutical interventions in the pediatric setting are highly peculiar due to the use of off-label drugs associated with the lack of scientific studies on the use of drug therapies in this population. Thus, clinical pharmacists may help identify and prevent drug-related problems.Methods:
We conducted a retrospective cohort study in the pediatric intensive care unit of a teaching hospital in Rio Grande do Sul, Brazil. Pharmaceutical interventions conducted between March 2016 and July 2018 were analyzed by clinical pharmacists. These interventions were reclassified according to the criteria of a routine pharmaceutical monitoring instrument (care bundle). We conducted a descriptive statistical analysis of study variables.Results:
Of 582 pharmaceutical interventions analyzed, the most prevalent categories were dose adjustment (n = 97; 16.7%), need for drug therapy (n = 92; 15.8%), and dosage forms (n = 56; 9.6%). After reclassification of pharmaceutical interventions, the most prevalent criteria were criterion 1 (review of drug therapy; n = 285; 49%), criterion 4 (analgesia; n = 78; 13.4%), and criterion 10 (antimicrobials; n = 65; 11.2%). The most common drug classes were nervous system agents (n = 213; 36.6%) and anti-infectives for systemic use (n = 115; 19.8%). The rate of adherence to pharmaceutical interventions by the medical team was 85.1%.Conclusions:
The classification of pharmaceutical interventions according to the pharmaceutical care bundle may help improve the instrument, allowing its use in the pediatric intensive care unit and guiding clinical pharmacists in situations causing drug-related problems.