Distúrb. comun; 31 (3), 2019
Publication year: 2019
Introdução:
O uso profissional da voz possui aspectos próprios e os professores apresentam um elevado risco vocal. Objetivo:
Identificar a percepção que professores da rede pública possuem de suas vozes e o tipo e foco de estratégias de enfrentamento que eles usam quando percebem mudanças vocais. Métodos:
Três protocolos de autoavaliação vocal foram respondidos por 100 professores (GE) e 40 não professores (GC): Termos Descritivos da Voz (TDV), Perfil de Participação e Atividades Vocais (PPAV), que permite o cálculo da Pontuação de Limitação de Atividade (PLA) e da Pontuação de Restrição de Participação (PRP) e o Protocolo de Estratégias de Enfrentamento das Disfonias (PEED), que classifica as estratégias usadas para lidar com distúrbios de voz com foco no problema e/ou na emoção. Escores mais altos no PPAV e no PEED indicam maior incapacidade. Os dados foram comparados com um nível de confiança de 95%. Resultados:
Professores classificaram 53 descritores como negativos, com 1% a 40% de ocorrência, contra 40 descritores de não professores, com máximo de 11% de ocorrência. Os escores totais do PPAV e PEED foram, respectivamente, por grupo, 41,95/13,37 e 37,90/10,23, e a PLA foi de 7,59/1,96 e PRP, 4,95/1,43. O GE relatou mais (37,90) estratégias de enfrentamento do que o GC (10,23), sendo as focadas na emoção (GE = 23,21 e GC = 6,53) mais frequentes do que as focadas no problema (GE = 14,69 e GC = 3,70). Todos os dados mostraram diferença significativa (p<0,05) entre GE e GC. Conclusão:
Os professores percebem o impacto das mudanças em suas vozes, com maior impacto na comunicação diária. Mostram maior ocorrência de estratégias de enfrentamento para lidar com estas modificações na voz e estas são mais centradas na emoção do que no problema.
Introduction:
The professional voice usage has some aspects that are inherent to each profession and the teachers present a high vocal risk. Purpose:
To identify the perception that public-school teachers have of their own voices and the type and focus of coping strategies they use when they perceive vocal changes. Methods:
Three vocal self-assessment inventories were answered by 100 teachers (EG) and 40 non-teachers (CG): 100 Word-Descriptors for Voice (WDV), Voice Activity and Participation Profile (VAPP), which allows the calculation of the Activity Limitation Score (ALS) and Participation Restriction Score (PRS), and Voice Disability Coping Questionnaire (VDCQ), that classifies the strategies used to cope with voice disorders into focus on problem and on emotion. Higher scores on VAPP and VDCQ indicate greater disability. Data were compared with a 95% level of confidence. Results:
Teachers classified 53 descriptors as negative, with 1% to 40% of occurrence, against 40 descriptors of the non-teachers, with maximum 11% of occurrence. The total scores of the VAPP and VDCQ were, respectively per group, 41.95/13.37 and 37.90/10.23, and the ALS was 7.59/1.96 and PRS, 4.95/1.43. EG reported more (37.90) coping strategies than CG (10.23), and the emotion-focused (EG = 23.21 and CG = 6.53) coping strategies were more frequent than problem-focused (EG = 14.69 and CG = 3,70) ones. All data showed significant difference (p<0.05) between EG and CG. Conclusion:
Teachers perceive the impact of changes in their voices, with greater impact on daily communication. They show greater occurrence of coping strategies to deal with these modifications in their voices and these are more emotion than problem-focused.
Introducción:
El uso profesional de la voz trae algunos aspectos inherentes a cada profesión, y los profesores presentan un alto riesgo vocal. Propósito:
Identificar la percepción que los maestros de las escuelas públicas tienen de sus propias voces y el tipo y enfoque de las estrategias de afrontamiento que utilizan cuando perciben alteraciones vocales. Métodos:
100 maestros (EG) y 40 non docentes (CG) respondieron tres inventarios vocales de autoevaluación: los 100 Word-Descriptors for Voice (WDV), Perfil de Actividad y Participación Vocal (VAPP), que permite el cálculo de el Puntaje de Limitación de Actividad (ALS) y el Puntaje de Restricción de Participación (PRS), y el Voice Disability Coping Questionnaire (VDCQ), que clasifica las estrategias utilizadas para enfrentar los trastornos de la voz centradas en el problema y/o en la emoción. Puntuaciones más altas en VAPP y VDCQ indican mayor discapacidad. Los datos se compararon con un nivel de confianza del 95%. Resultados:
Los maestros clasificaron 53 descriptores como negativos, con 1% a 40% de ocurrencia, contra 40 descriptores de non docentes, con un máximo de 11% de ocurrencia. Las puntuaciones totales de VAPP y VDCQ fueron, respectivamente por grupo, 41.95/13.37 y 37.90/10.23, y la ALS fue 7.59/1.96 y PRS, 4.95/1.43. EG informó más (37,90) estrategias de afrontamiento que el CG (10,23), y las estrategias de afrontamiento centradas en la emoción (EG = 23,21 y CG = 6,53) fueron más frecuentes que las centradas en el problema (EG = 14,69 y CG = 3,70). Todos los datos mostraron una diferencia significativa (p<0.05) entre EG y CG. Conclusión:
Los maestros perciben el impacto de los cambios en sus voces, con mayor impacto en la comunicación diaria. Muestran mayor ocurrencia de estrategias de afrontamiento para lidiar con estas modificaciones en la voz y éstas están más centradas en la emoción que en el problema.