Consumo alimentar de estudantes de nutrição de uma universidade pública
Food consumption among nutrition undegraduates from a public university
Consumo de alimentos de los estudiantes de nutrición de una universidad pública

Rev. baiana saúde pública; 45 (3), 2021
Publication year: 2021

O contexto de vida de universitários é marcado por vivências individuais e coletivas que se associam ao distanciamento da família, ampliação das responsabilidades e adoção de novos comportamentos, como os diferentes padrões alimentares. Diante disso, uma questão que se apresenta é se os estudantes da área da nutrição, familiarizados com os prejuízos de uma alimentação não saudável, orientam seus consumos alimentares com base nos pilares teóricos de uma alimentação saudável. Objetivou-se, com isso, caracterizar o consumo alimentar de estudantes universitários do curso de nutrição de uma universidade pública do Nordeste do Brasil. Trata-se de um estudo transversal realizado com 166 acadêmicos. A ingestão dietética foi estimada por meio da aplicação de dois recordatórios de 24 horas. Para análise de dados, foi utilizada a comparação de médias por meio do teste t independente. O consumo médio diário de energia dos estudantes universitários foi de 2010,97 ± 575,65 kcal, sendo 52,8% desse total proveniente dos carboidratos; 17,3% de proteínas e 30,8% de lipídeos. A média de refeições diárias feitas pelos participantes foi 5 ± 0,93, sendo, principalmente, suas casas o principal local de realização. Por outro lado, o consumo hídrico correspondeu a 1,73 ± 0,74 litros por dia. Maiores alterações desfavoráveis na ingestão alimentar foram verificadas em estudantes do sexo masculino, com sobrepeso e que estão em semestres intermediários da graduação. Dessa forma, aspectos significativos da vida como o gênero, estado nutricional e tempo de estudo podem afetar o consumo alimentar dos estudantes.
Undergrad life is marked by individual and collective experiences associated with family detachment, expansion of responsibilities, and the adoption of new behaviors, such as different eating habits. In this scenario, a question that arises is whether Nutrition students, familiar with the harms of an unhealthy diet, guide their food consumption based on the theoretical pillars of healthy eating. This cross-sectional study, conducted with 166 undergraduates, sought to characterize the food consumption of nutrition students from a public university in northeastern Brazil. Dietary intake was estimated by applying two 24-hour recall schedules. Data was analysed using comparison of means by independent t-test. University students average daily energy consumption was 2010.97 ± 575.65 kcal, of which 52.8% came from carbohydrates; 17.3% from proteins, and 30.8% from lipids. The participants reported an average of 5 ± 0.93 daily meals, mainly eaten at home. Conversely, water consumption corresponded to 1.73 ± 0.74 liters per day. Greater unfavorable changes in dietary intake were seen in male students who were overweight and in intermediate semesters of undergraduate study. Thus, significant aspects of life such as gender, nutritional status, and years of study can affect students’ food consumption.
El contexto de vida de los estudiantes universitarios está marcado por experiencias individuales y colectivas que se asocian al alejamiento de la familia, a la ampliación de las responsabilidades y a la adopción de nuevos comportamientos, como de diferentes patrones alimentarios. Ante esto, surge el planteamiento si los estudiantes de Nutrición, conocedores de los perjuicios de una dieta poco saludable, orientan su consumo de alimentos con base en los pilares teóricos de la alimentación saludable. El objetivo es caracterizar el consumo de alimentos de los estudiantes universitarios del curso de nutrición de una universidad pública del Nordeste de Brasil. Se trata de un estudio transversal, realizado con 166 estudiantes. La ingesta dietética se estimó mediante la aplicación de dos recordatorios de 24 horas. Para el análisis de datos se utilizó la comparación de las medias mediante el test t independiente. La ingesta media diaria de energía de los estudiantes universitarios fue de 2010,97 ± 575,65 kcal, de las cuales el 52,8% procedía de los hidratos de carbono, el 17,3% de las proteínas y el 30,8% de los lípidos. El número medio de comidas diarias realizadas por los participantes fue de 5 ± 0,93 siendo, principalmente, sus hogares el principal lugar de realización. Por otro lado, el consumo hídrico correspondió a 1,73 ± 0,74 litros por día. Se verificaron mayores cambios desfavorables en la ingesta de alimentos en los estudiantes varones, con sobrepeso y que se encuentran en semestres intermedios de graduación. Así, aspectos importantes de la vida como el género, el estado nutricional y la duración de los estudios pueden afectar a la ingesta de alimentos de los estudiantes.

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