Atuação de fonoaudiólogos em Centros de Convivência e Cooperativa (CECCO): trajetórias e desafios da formação profissional
Speech therapists practice in Coexistence and Cooperative Center (CECCO): trajectories and challenges of professional qualification
Terapeutas del habla que actúan en Centros de Convivencia y Cooperativas (CECCO): trayectorias y desafíos de la formación profesional

Distúrb. comun; 32 (1), 2020
Publication year: 2020

Os fonoaudiólogos têm, de modo crescente, integrado equipes de Centros de Atenção Psicossocial e de Centro de Convivência e Cooperativa (CECCO) e serviços que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Os paradigmas adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Política de Atenção Psicossocial desafiam os cursos de graduação em Fonoaudiologia a promoverem mudanças na formação profissional da área.

Objetivo:

conhecer as trajetórias e singularidades de fonoaudiólogos que trabalhavam em CECCO em São Paulo e a partir de seus relatos tecer reflexões que possam contribuir para a formação profissional.

Método:

entrevista semidirigida realizada com 8 fonoaudiólogos com experiência ou vínculo no serviço, gravada e transcrita. Foi aplicada a análise de conteúdo.

Resultados:

O tempo de atuação dos profissionais em CECCO variou entre 1 ano e 6 meses a 17 anos. Sobre a formação continuada, seis sujeitos referiram pós-graduação lato sensu, dois em stricto sensu, sendo que seis mencionaram a realização de educação permanente. As principais ações desenvolvidas são oficinas e práticas integrativas e complementares em saúde. Como principais mudanças em suas práticas destacaram a concepção ampliada de saúde, o trabalho interdisciplinar e o uso de conhecimentos específicos da Fonoaudiologia no desenvolvimento de atividades de promoção da saúde e sociabilidade. Enfatizaram que durante a formação profissional os estudantes devem conhecer políticas públicas de atenção psicossocial, desenvolver competência para utilizar recursos da cultura, arte e esporte para a promoção da saúde, inclusão social, socialização dos usuários e saber trabalhar em redes de saúde e intersetoriais.

Conclusão:

A pesquisa mostra que a formação dos fonoaudiólogos, além dos aspectos específicos da área destinados à assistência em saúde, deve englobar outras dimensões do cuidado integral, bem como experiências com o trabalho interdisciplinar e intersetorial.
Speech therapists are increasingly integrating teams of Psychosocial Care Centers and the Co-operative Living Center (CECCO) and services that integrate the Psychosocial Care Network (RAPS). The paradigms adopted by the Unified Health System (SUS) and the Psychosocial Care Policy challenge undergraduate courses in speech therapy to promote changes in the professional education of the area.

Objective:

to know the trajectories and singularities of speech therapists who work in CECCO in the city of São Paulo and to systematize from their reports reflections that may contribute to the formation of future speech therapists.

Method:

recorded and transcribed semi-directed interview with 8 speech therapists with experience or connection with CECCO. Content analysis was applied.

Results:

The working time in CECCO of the interviewees ranged from 1 year and 6 months to 17 years. Regarding further education, six interviewees reported post lato sensu, two stricto sensu and six continuing education. The main actions developed are integrative and complementary health workshops and practices. The main changes in their practices include the broader conception of health, interdisciplinary teamwork and the use of specific knowledge of speech therapy in the development of activities. They consider that during vocational training students should be aware of public psychosocial care policies, develop competence to use resources from culture, art, sport and health for health promotion, social inclusion, socialization of users and for work in health networks.

Conclusion:

The research shows the importance of undergraduate courses in providing students with knowledge about mental health politics and health promotion, as well as competencies and skills for interdisciplinary work and with group devices that through art, leisure and work enhance integral health care.
Los logopedas están integrando cada vez más equipos de Centros de Atención Psicosocial y el Centro de Vida Cooperativa (CECCO) y servicios que integran la Red de Atención Psicosocial (RAPS). Los paradigmas adoptados por el Sistema Único de Salud (SUS) y la Política de Atención Psicosocial desafían los cursos de pregrado en logopedia para promover cambios en la educación profesional del área.

Objetivo:

conocer las trayectorias y singularidades de los logopedas que trabajaron en CECCO en São Paulo y, a partir de sus informes, tejer reflexiones que pueden contribuir a la capacitación profesional.

Método:

entrevista semi-dirigida realizada con 8 audiólogos con experiencia o vínculo en el servicio registrado y transcrito. Se aplicó el análisis de contenido.

Resultados:

El tiempo de trabajo de los profesionales en CECCO osciló entre 1 año y 6 meses a 17 años. Con respecto a la educación continua, seis sujetos informaron estudios de posgrado lato sensu, dos en stricto sensu y seis mencionaron educación continua. Las principales acciones desarrolladas son talleres y prácticas integrales y complementarias de salud. Los principales cambios en sus prácticas destacaron la concepción más amplia de la salud, el trabajo interdisciplinario y el uso del conocimiento específico de la terapia del habla en el desarrollo de la promoción de la salud y las actividades sociales. Enfatizaron que durante la capacitación profesional, los estudiantes deben conocer las políticas públicas de atención psicosocial, desarrollar competencias para utilizar los recursos de la cultura, el arte y el deporte para la promoción de la salud, la inclusión social, la socialización de los usuarios y saber cómo trabajar en redes de salud e intersectoriales.

Conclusión:

La investigación muestra que la capacitación de los terapeutas del habla más allá de los aspectos específicos del área destinada a la atención médica, debe abarcar otras dimensiones de la atención integral, así como las experiencias con el trabajo interdisciplinario e intersectorial.

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