Relato de um aluno cego egresso de Fonoaudiologia: sua experiência com o atendimento em gagueira na graduação
Report of a blind student of Speech-Language Pathology (SLP): personal experience with the care practice of stuttering in an undergraduate course
Informe de un estudiante ciego egreso de un curso de Logopedia: su experiencia con la práctica del cuidado de la tartamudez en el grado
Distúrb. comun; 34 (1), 2022
Publication year: 2022
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, tem-se observado um aumento no ingresso de pessoas com deficiência no ensino superior, no entanto, este número ainda é pequeno diante do total de alunos matriculados. Sendo assim, uma educação superior inclusiva e aberta à diversidade tem sido amplamente estudada e incentivada no Brasil e, por isso, é oportuno relatar a experiência de um aluno cego egresso de um curso de Fonoaudiologia, a respeito de sua formação e inclusão por meio de práticas de integração ensino-serviço, a exemplo do atendimento de um paciente com gagueira. O curso de graduação em Fonoaudiologia e a ação de docentes especialistas em deficiência visual promoveram todo apoio à inclusão do aluno. E, em disciplina prática na assistência a pacientes com gagueira, ele contou com o apoio da docente responsável pela disciplina e com uma monitora participante do Programa de Estágio Docente da mesma universidade. O trabalho conjunto promoveu ações como adaptações de materiais, descrições de imagens, reconhecimento do espaço da sala, etc. Graças a estas e outras ações, o aluno foi se construindo como terapeuta, tendo sido estabelecido sólido vínculo com o paciente, que, ao final, apresentou evolução, de modo que lhe foi dada alta terapêutica. Esta experiência reforça a necessidade de as instituições do ensino superior estarem preparadas e sensíveis às demandas de pessoas com deficiência, em todos os cursos de graduação, a exemplo da Fonoaudiologia.
Despite the increase in the enrollment of people with disabilities in higher education indicated by data from an official research institute in Brazil (INEP), these students still represent a small range in relation to the total number of admissions. As a higher education that is inclusive and open to diversity has been widely studied and encouraged in Brazil, it is of great relevance to report the experience of a blind student who graduated from a course of Speech-Language Pathology and Audiology, regarding his training and inclusion through teaching-service integration practices, such as the care of a stuttering patient. The undergraduate course in Speech-Language Pathology and Audiology and the action of professors specialized in visual disability promoted all support to the inclusion of the student. In the practical class in the care of patients with stuttering, the student was supported by the professor responsible for the subject and by a monitor from the Teaching Internship Program of the university. This joint work promoted actions such as material adaptations, image descriptions, and the opportunity to know the room beforehand, etc. Due to these and other actions, the student developed as a therapist, establishing a solid bond with the patient, who progressed and was discharged from therapy at the end of the semester. This experience reinforces the need for higher education institutions to be prepared and aware to the demands of people with disabilities in all undergraduate courses, such as Speech-Language Pathology and Audiology.
Según datos del Instituto Nacional de Estudios e Investigaciones Educacionales Anísio Teixeira, se ha observado un aumento en el ingreso de personas con discapacidad en la educación superior, sin embargo, este número aún es pequeño frente al total de alumnos matriculados. Por ello, una educación superior inclusiva y abierta a la diversidad ha sido ampliamente estudiada e incentivada en Brasil, así es conveniente informar la experiencia de un alumno ciego egreso de un curso de Logopedia, a respecto de su inclusión y formación por medio de prácticas de "integración enseñanza-servicio", a ejemplo de la atención del cuidado a un paciente con tartamudez. El curso de pregrado en Logopedia y la acción de docentes especialistas en discapacidad visual promovieron el apoyo y la inclusión del alumno. Y, en prácticas en la asistencia a pacientes con tartamudeo, él contó con el apoyo de la docente responsable de la signatura práctica y con una monitora participante del Programa de Prácticas Docente de la misma universidad. El trabajo conjunto promovió acciones como adaptaciones de materiales, descripciones de imágenes, reconocimiento del espacio de la sala etc. Gracias a estas y otras acciones, el alumno se fue construyendo como terapeuta, estableciéndose un sólido vínculo con el paciente, que, al final, presentó evolución, de modo que le fue dada alta terapéutica. Esta experiencia refuerza la necesidad de que las instituciones de educación superior estén preparadas y sensibles a las demandas de las personas con discapacidad, en todos los cursos de grado, a ejemplo de la Logopedia.