Distúrb. comun; 34 (2), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
As doenças pulmonares são frequentemente associadas com aumento da morbidade e mortalidade pelo comprometimento ventilatório e impacto negativo na proteção de via aérea inferior, além de favorecer uma dissincronia entre a deglutição e respiração comprometendo a função, prazer, qualidade de vida, podendo levar ao óbito. Objetivo:
Identificar o risco de disfagia em pacientes com doenças pulmonares. Método:
Estudo transversal, descritivo, realizado de março/2016 a julho/2019, em um Hospital Universitário. Foram incluídos pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos, independente de fatores associados, com estado de alerta suficiente para responder o instrumento; e excluídos pacientes com dificuldades quanto à compreensão das sentenças e/ou instruções, com rastreios prévios, em acompanhamento fonoaudiológico, indisponibilidade para participar do estudo, ausência no leito ou instabilidade do quadro clínico. Foram coletados os dados sociodemográficos, as variáveis clínicas e aplicado o instrumento Eating Assessment Tool (EAT-10). Para análise estatística foi considerado o nível de 5% de significância. Resultados:
Participaram 99 pacientes com prevalência do sexo masculino (54,5%), idade acima de 60 anos (57,6%) e diagnóstico de tuberculose (16,1%). Houve risco de disfagia em 15 (15,2%) pacientes com prevalência de enfisema pulmonar (26,6%) e pneumonia (20%). Não foi observada associação entre risco de disfagia e sexo, idade, intubação orotraqueal, traqueostomia, via alternativa de alimentação, refluxo gastroesofágico, disfonia e doença de base pulmonar. Conclusão:
Por meio de uma ferramenta rápida e simples de rastreamento foi observada a presença do risco de disfagia em 15,2% dos pacientes com doenças pulmonares.
Introduction:
Lung diseases are often associated with increased morbidity and mortality due to ventilatory impairment and a negative impact on lower airway protection, in addition to favoring a desynchrony between swallowing and breathing, compromising function, pleasure, quality of life, and possibility of death. Objective:
To identify the risk of dysphagia in patients with lung diseases. Method:
Cross-sectional, descriptive study, carried out from March 2016 to July 2019, in a University Hospital. Patients aged 18 years or over, of both sexes, regardless of associated factors, with sufficient alertness to respond to the instrument were included, and patients with difficulties in understanding sentences and/or instructions, with previous screenings, undergoing speech therapy, unavailability to participate in the study, out of bed or with instability of the clinical condition were excluded. Sociodemographic data and clinical variables were collected, and the Eating Assessment Tool (EAT-10) was applied. For statistical analysis, a 5% level of significance was considered. Results:
99 patients participated with a prevalence of males (54.5%), aged over 60 years (57.6%) and diagnosed with tuberculosis (16.1%). There was risk of dysphagia in 15 (15.2%) patients with a prevalence of pulmonary emphysema (26.6%) and pneumonia (20%). There was no association between risk of dysphagia and sex, age, orotracheal intubation, tracheostomy, alternative feeding route, gastroesophageal reflux, dysphonia and underlying lung disease. Conclusion:
Through a quick and simple screening tool, the presence of risk of dysphagia was observed in 15.2% of patients with lung diseases.
Introducción:
Las enfermedades pulmonares se asocian con un aumento de la morbimortalidad por deterioro ventilatorio y un impacto negativo en la protección de las vías respiratorias inferiores, además de favorecer una disincronía entre la deglución y la respiración, comprometiendo la función, el placer, la calidad de vida y pudiendo conducir a la muerte. Objetivo:
Identificar el riesgo de disfagia en pacientes con enfermedades pulmonares. Método:
Estudio transversal, descriptivo, realizado de marzo/2016 a julio/2019, en un Hospital Universitario. Se incluyeron pacientes con edad igual o superior a 18 años, de ambos sexos, independientemente de los factores asociados, con estado de alerta suficiente para responder al instrumento,y se excluyeron pacientes con dificultades en la comprensión de frases y/o instrucciones, con tamizaje previo, en tratamiento logopédico, indisponibilidad para participar en el estudio, ausencia en la cama o inestabilidad del cuadro clínico. Se recogieron datos sociodemográficos y variables clínicas y se aplicó el Eating Assessment Tool (EAT-10). Para el análisis estadístico se consideró un nivel de significación del 5%. Resultados:
Participaron 99 pacientes con predominio del sexo masculino (54,5%), mayores de 60 años (57,6%) y diagnosticados de tuberculosis (16,1%). Hubo riesgo de disfagia en 15 (15,2%) pacientes con predominio de enfisema pulmonar (26,6%) y neumonía (20%). No hubo asociación entre riesgo de disfagia y sexo, edad, intubación orotraqueal, traqueotomía, vía alternativa de alimentación, reflujo gastroesofágico, disfonía y enfermedad pulmonar subyacente. Conclusión:
A través de una herramienta de tamizaje rápida y sencilla se observó la presencia de riesgo de disfagia en el 15,2% de los pacientes con enfermedades pulmonares.