Sci. med. (Porto Alegre, Online); 32 (1), 2022
Publication year: 2022
Objetivo:
avaliar a eficácia da simulação realística (SR) na graduação em medicina com base no conhecimento adquirido e na melhoria do desempenho clínico e analisar a percepção dos estudantes quanto à aplicabilidade do método como ferramenta de ensino. Métodos:
foi realizada uma revisão sistemática de artigos científicos nas bases de dados PubMed, Lilacs e SciELO, em inglês e português, publicados no período de 2015 a 2020, utilizando a seguinte estratégia de busca: (simulation training OR simulation patient) AND (students medical AND education, medical, undergraduate). Resultados:
dos 261 artigos identificados, apenas sete atenderam aos critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, 57,2% deles com baixo ou moderado nível de evidência. Todos demonstraram que a SR promove modificações positivas no processo de construção acadêmica dos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para a formação médica. Além disso, houve majoritária percepção positiva dos estudantes quanto à utilização da SR como método de ensino durante a formação médica. Conclusão:
houve evidências de eficácia da SR na aprendizagem e favorável percepção dos estudantes de medicina quanto à sua utilização. Todavia, os desafios relativos à sua implantação e execução, bem como o restrito número de artigos de alto rigor metodológico, limitam a inferência inequívoca de sua eficácia na educação médica.
Aims:
to evaluate the effectiveness of realistic simulation (RS) in medical graduation based on the knowledge acquired and on the improvement of clinical performance, and to analyze the students’ perception regarding the applicability of the method as a teaching tool. Methods:
a systematic review of scientific articles was carried out in the PubMed, Lilacs and SciELO databases, in English and Portuguese, published from 2015 to 2020, using the following search strategy: (simulation training OR simulation patient) AND (students medical AND education, medical, undergraduate). Results:
of 261 identified, only seven met the inclusion and exclusion criteria (57.2% with a low or moderate level of scientific quality). All of them demonstrated that RS promotes positive changes in the students’ academic construction process, contributing to the development of essential skills and competences for medical education. In addition, there was a majority positive perception of students regarding the use of RS as a teaching method during medical training. Conclusion:
there was evidence of the effectiveness of RS in learning and favorable perception of medical students regarding its use. However, the challenges related to its implementation and execution, as well as the limited number of articles of high methodological rigor, limit the unequivocal inference of its effectiveness in medical education.