Caracterização dos casos de violência contra a mulher em tempos de pandemia por Covid-19 em um município do sudoeste do Paraná
Characterization of cases of violence against women in times of pandemic by Covid-19 in a municipality in the southwest of Paraná
Caracterización de casos de violencia contra la mujer en tiempos de pandemia por Covid-19 en un municipio del sudoeste de Paraná
Arq. ciências saúde UNIPAR; 26 (3), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
A violência contra à mulher é caracterizada especialmente pela desigualdade de gênero, diferença hierárquica, subordinação e pela agressividade do parceiro ou ex-parceiro. Entre os principais subtipos, cita-se; a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Com o surgimento da pandemia de coronavírus em 2020 na tentativa de contenção da doença, medidas protetivas como o isolamento social aumentaram o convívio familiar. Dessa forma, as vítimas de violência passaram a ficar ainda mais tempo expostas aos seus agressores e consequentemente com maiores dificuldades para denunciar os abusos sofridos, pois a prestação dos serviços públicos, instituições de segurança e judiciais também foram restringidas.Objetivo:
Caracterizar os casos de violência contra a mulher em tempos de pandemia de coronavírus em um município do Sudoeste do Paraná.Materiais e métodos:
Trata-se de um estudo descritivo, documental e transversal com abordagem quantitativa realizada em um município do Sudoeste do Paraná a partir da coleta de dados, por meio das fichas de notificação de violência contra a mulher entre 2019 e 2021.Resultados e discussão:
O estudo demonstrou prevalência de notificações no ano de 2019 em mulheres com idade de 12 a 18 anos (27,2%), brancas (71,3%), com ensino médio (21,9%), sendo ainda estudantes (23,1%) ou desempregadas (17,2%), sem companheiro (52,4%), residentes da área urbana (74%), heterossexuais (50,6%), sem possuir algum tipo de deficiência (51,8%). Ao verificar a tipologia da agressão com maior incidência, observou-se a lesão autoprovocada (53,6%) por meio da intoxicação /envenenamento (41,4%). Quanto a violência interpessoal, notou-se que a maioria das agressões foram ocasionadas pelo próprio cônjuge da vítima (12,4%), utilizando da força física (29,3%), salienta-se que o álcool não estava presente na maior parte das agressões.Conclusão:
Evidencia-se a prevalência de violência autoprovocada (53,6%), em adolescentes com ensino médio, brancas, sem companheiro, residentes da área urbana, agredidas em ambiente domiciliar, motivadas por conflitos geracionais, sendo as violências mais incidentes a física por meio de envenenamento/intoxicação. Diante do exposto é importante abordar o fato de que é necessário realizar capacitações com os profissionais de saúde referente a ficha de notificação e orientá-los da importância de preenchê-la de forma correta, para haja a tomada de providências de acordo com cada necessidade.Introduction:
Introduction: Violence against women is characterized especially by gender inequality, hierarchical difference, subordination and aggressiveness of the partner or ex partner. Among the main subtypes are physical, psychological, sexual, patrimonial and moral violence. With the emergence of the COVID-19 pandemic in 2020 in an attempt to contain the disease, protective measures such as social isolation increased family coexistence. As a result, the victims of violence have been exposed to their aggressors for even longer and consequently find it more difficult to report the abuse they have suffered, since the provision of public services, security and judicial institutions have also been restricted.Objective:
To characterize the cases of violence against women during the COVID-19 pandemic in a municipality in the southwest of Paraná.Materals and methods:
This is a descriptive, documentary, and cross-sectional study with a quantitative approach carried out in a municipality in the Southwest of Paraná from data collection performed through the notification forms of violence against women notified between 2019 and 2021.Results and discussion:
The study showed a prevalence of notifications in the year 2019 in women aged 12 to 18 years (27.2%), white (71.3%), with high school education (21.9%), being still students (23.1%) or unemployed (17.2%), without a partner (52.4%), residents of the urban area (74%), more specifically the Padre Ulrico neighborhood (12.4%), heterosexual (50.6%), without having any type of disability (51.8%). When checking the type of aggression with the highest incidence, we observed self-harm (53.6%) through intoxication/ poisoning (41.4%). As for interpersonal violence, it was noted that most aggressions were caused by the victim's own spouse (12.4%), using physical force (29.3%), and alcohol was not present in most aggressions.Conclusion:
The prevalence of self- inflicted violence (53.6%) is evident in adolescents with high school education, white, without a partner, urban residents, assaulted in the home environment, motivated by generational conflicts, with the most incident violence being physical violence through poisoning/intoxication. Given the above, it is important to address the fact that it is necessary to conduct training with health professionals regarding the notification form and guide them on the importance of filling it out correctly, so that there is taking action according to each need.Introducción:
La violencia contra las mujeres se caracteriza especialmente por la desigualdad de género, la diferencia jerárquica, la subordinación y la agresividad de la pareja o ex pareja. Entre los principales subtipos, se menciona; la violencia física, psicológica, sexual, patrimonial y moral. Con la aparición de la pandemia de coronavirus en 2020 en un intento de contener la enfermedad, las medidas de protección como el aislamiento social han aumentado la convivencia familiar. Así, las víctimas de la violencia han quedado aún más expuestas a sus agresores y, en consecuencia, tienen mayores dificultades para denunciar los abusos sufridos, ya que también se ha restringido la prestación de servicios públicos, de seguridad y de instituciones judiciales.Objetivo:
Caracterizar los casos de violencia contra la mujer en tiempos de pandemia de coronavirus en un municipio del sudoeste de Paraná.Materiales y métodos:
Se trata de un estudio descriptivo, documental y transversal con enfoque cuantitativo realizado en un municipio del suroeste de Paraná a partir de la recolección de datos a través de las formas de notificación de la violencia contra las mujeres entre 2019 y 2021.Resultados y discusión:
El estudio mostró una prevalencia de notificaciones en 2019 en mujeres de 12 a 18 años (27,2%), de raza blanca (71,3%), con estudios secundarios (21,9%), siendo aún estudiantes (23,1%) o desempleadas (17,2%), sin pareja (52,4%), residentes en el área urbana (74%), heterosexuales (50,6%), sin tener algún tipo de discapacidad (51,8%). Al verificar el tipo de agresión con mayor incidencia, se observó la lesión autoinfligida (53,6%) a través de la intoxicación / envenenamiento (41,4%). En cuanto a la violencia interpersonal, se observó que la mayoría de las agresiones fueron causadas por el propio cónyuge de la víctima (12,4%), utilizando la fuerza física (29,3%), se destaca que el alcohol no estuvo presente en la mayoría de las agresiones.Conclusión:
Se evidencia la prevalencia de la violencia autoprovocada (53,6%), en adolescentes con educación médica, brancas, sin compañía, residentes del área urbana, agredidos en ambiente domiciliario, motivados por conflictos geracionales, siendo las violencias más incidentes a la física por medio de envenenamiento/intoxicación. Dado lo anterior es importante abordar el hecho de que es necesario realizar una capacitación con los profesionales de la salud respecto a la ficha de notificación y orientarlos sobre la importancia de llenarla correctamente, para que exista la toma de acciones de acuerdo a cada necesidad.
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