Análise biomecânica das fixações atlantoaxiais: estudo experimental
Análise biomecânica das fixações atlantoaxiais: estudo experimental

Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 21 (2), 2022
Publication year: 2022

Introdução:

o tratamento cirúrgico de pacientes com fraturas do processo odontoide tem sido controverso. As principais técnicas cirúrgicas para o segmento C1-C2 incluem além da artrodese cervical (aramagem tipo Gallie, parafusos transarticulares e aramagem tipo 88), a fixação direta com parafuso no processo odontoide.

Objetivo:

comparar a estabilidade mecânica destes quatro tipos de osteossínteses do segmento atlantoaxial (C1-C2).

Metodologia:

vinte segmentos atlantoaxiais de cadáveres humanos adultos foram preparados com fraturas do tipo 2 de Anderson e D’Alonso e divididos em quatro grupos: aramagem tipo Gallie (aG); parafusos transarticulares (pT); parafuso no processo odontoide (pD); aramagem tipo 88 (a88). Os corpos de prova foram submetidos a esforços de flexocompressão em máquina universal de ensaios mecânicos para análise de resistência, elasticidade e deformações.

Resultados:

na fase de acomodação, os parafusos no processo odontoide apresentaram pouquíssima mobilidade com cargas baixas. Na fase de elasticidade, não houve diferença significativa entre as construções testadas. Com relação à resistência máxima suportada pelas construções, houve uma diferença estatisticamente significativa a favor da aramagem tipo Gallie.

Conclusão:

nossos testes mostraram que em relação à acomodação houve diferença significativa entre a aramagem tipo Gallie e o parafuso no processo odontoide; e quanto à resistência máxima, entre a aramagem tipo Gallie e o parafuso transarticular.

Introduction:

the surgical treatment of patients with fractures of the odontoid process has been controversial. The main surgical techniques for C1-C2 are: Gallie wiring, transarticular screw, direct odontoid process screw and 88 posterior laminar wiring.

Objective:

to compare the mechanical stability of these four types of atlantoaxial segment osteosynthesis (C1/C2).

Methodology:

twenty atlantoaxial segments of adult human cadavers were prepared with Anderson and D’Alonso type II fractures and divided into four groups: Gallie wiring; transarticular screw; odontoid process screw; 88 wiring. After being fixed with each osteosynthesis technique, they were submitted to flexocompression efforts in a universal mechanical testing machine for analysis of strength, elasticity and deformations.

Results:

in the accommodation phase, the odontoid process screws showed very little mobility with low loads. In the elasticity phase, there was no significant difference between the constructions tested. With regard to the maximum resistance supported by the constructions, there was a statistically significant difference in favor of Gallie wiring.

Conclusion:

Our tests showed a significant difference between Gallie wiring and odontoid process screw in accommodation; and between the Gallie wiring and the transarticular screw in maximum resistance test

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