Medicina (Ribeirao Preto, Online); 55 (3), 2022
Publication year: 2022
Introduction:
Bariatric surgery is considered the most effective obesity treatment. Obese patients have a high prevalence of eating disorders. Objectives:
Evaluate the occurrence of eating disorders and eating patterns in candidates for bariatric surgery and associate eating disorders with sociodemographic and clinical characteristics. Methods:
A retrospective study was conducted using electronic charts of candidates for bariatric surgery. Data were collected on sex, age, marital status, schooling, occupation, non-communicable diseases, body mass index (BMI), eating disorders, and eating patterns. Results:
Among the 281 patients evaluated, eating disorders were detected in 26.7%; 10.3% had binge eating disorder, 6.6% had bulimia nervosa, and 5.3% had the night-eating syndrome. The specific eating patterns were overeating (46.6%), binge eating during periods of stress (9.3%), eating sweets (4%), and snaking (1.3%). BMI ranged from 35.38 to 59.03 kg/m² (mean: 44.37 ± 5.89). All individuals (100%) had systemic arterial hypertension, and 23.3% had type 2 diabetes mellitus or dyslipidemia. Conclusions:
The frequency of eating disorders was low in the sample studied, the most common of which was binge eating disorder. Non-communicable diseases were associated with eating disorders. Among the eating patterns observed, the most frequent was overeating (AU)
Introdução:
A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais eficaz para a obesidade. Pacientes obesos possuem elevada prevalência de transtornos alimentares. Objetivos:
Avaliar a presença de transtornos alimentares e padrões alimentares em candidatos à cirurgia bariátrica, associando os transtornos alimentares aos dados sociodemográficos e clínicos. Métodos:
Estudo retrospectivo de cunho documental, com base em prontuários eletrônicos de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica. Foram obtidas variáveis como sexo, idade, estado civil, nível de escolaridade, ocupação, doenças crônicas não transmissíveis, índice de massa corporal (IMC), transtorno e padrão alimentar. Resultados:
Dos 281 pacientes avaliados, foi detectado 26,7% de transtornos alimentares, sendo 10,3% transtorno de compulsão alimentar periódica, 6,6% de bulimia nervosa e 5,3% de síndrome do comer noturno. Os padrões alimentares específicos encontrados foram:
glutões (46,6%), compulsivos alimentares em períodos de estresse (9,3%), comedores de doces (4%) e beliscadores (1,3%). O IMC variou de 35,38 a 59,03 kg/m² (44,37±5,89), com 100% do grupo apresentando Hipertensão Arterial Sistêmica e 23,3% com Diabetes Mellitus tipo 2 ou dislipidemia. Conclusões:
Constatou-se baixa frequência de transtornos alimentares na amostra estudada, sendo o transtorno de compulsão alimentar periódica o mais observado. Doenças crônicas não transmissíveis foram associadas com a presença de transtornos alimentares. Dentre os padrões alimentares observados, os glutões foram os mais frequentes (AU)