Medicina (Ribeirao Preto, Online); 55 (2), 2022
Publication year: 2022
Introduction:
Long periods of home confinement may lead to fear, panic, anxiety, and depression states, which, in turn, could drive to a reduction of active lifestyles. Objetive:
To determine the association between the char-acteristics of the physical activity performed and the risk of experiencing mental health issues among people during confinement. Methods:
A multicenter, cross-sectional, and observational study design was conducted in Iberoamerican countries with a sample of 4,948 participants, selected through a snowball sampling technique. The study started on March 15th, 2020, and was completed in August 2020 through an online survey that includ-ed demographic and medical data, mental health status, and physical activity characteristics. Results:
Brazilian women aged between 18 and 29 who stayed at home more than 19 hours per day presented a relevant higher risk for all the mental health problems analyzed in this study. A low level of physical activity during the isolation period presents the highest probability of depression compared to higher levels (OR = 1.317). In addition, using a no professional resource to do physical activity is a predictive factor of adverse mental health status (OR Anxie-ty = 1.396, OR Depression = 1.452, and OR Stress = 1.220). Conclusions:
A low level of physical activity during a long isolation period is associated with a higher prevalence of depression, and the use of professional resources for physical activity may be a protective factor for mental health disorders (AU)
Introdução:
Longos períodos de confinamento em casa podem levar ao medo, pânico, ansiedade e depressão, o que, por sua vez, pode estar relacionado à diminuição dos hábitos de atividade física. Objetivo:
Determinar a as-sociação entre as características da atividade física praticada e o risco de apresentar problemas de saúde mental em pessoas durante o confinamento. Métodos:
Foi realizado um estudo multicêntrico, transversal e observacional em países ibero-americanos com uma amostra de 4.948 participantes, selecionados por meio de uma técnica de amostragem em bola de neve. O estudo teve início em 15 de março de 2020 e foi concluído em Agosto de 2020 por meio de um formulário online que incluiu perguntas sobre dados sociodemográficos e de saúde, além da avaliação do estado de saúde mental e características de atividade física. Resultados:
As mulheres brasileiras com idade compreendida entre 18 e 29 anos que ficaram em casa mais de 19 horas por dia apresentaram um risco mais ele-vado para todos os problemas de saúde mental analisados neste estudo. Um baixo nível de atividade física durante o período de isolamento apresentou a maior probabilidade de risco de depressão em comparação com níveis mais elevados (OR = 1,317). Além disso, a utilização de um recurso não profissional para fazer atividade física foi um fator preditivo de estado de saúde mental adverso (OR Ansiedade = 1,396, OR Depressão = 1,452, e OR Estresse = 1,220). Conclusões:
Um baixo nível de atividade física durante o período de isolamento está associado a maior prevalência de depressão, e a utilização de recursos profissionais para a atividade física pode ser um fator de pro-teção para os distúrbios de saúde menta (AU)