Does ascitic fluid filtration improve the microbiological diagnosis of spontaneous bacterial peritonitis? An experimental laboratory study
A filtração do líquido ascítico melhora o diagnóstico microbiológico da peritonite bacteriana espontânea? Um estudo experimental laboratorial

Medicina (Ribeirao Preto, Online); 55 (1), 2022
Publication year: 2022

Background:

Spontaneous Bacterial Peritonitis (SBP) is a serious and frequent complication among cirrhotic patients with ascites and can be diagnosed by cytological analysis of the ascitic fluid. The microbiological culture of ascitic fluid, however, is positive in less than 40% of SBP cases, which often results in inappropriate antimicrobial therapy. Empirical therapy may be suboptimal, increasing patient’s risk of aggravation, or overestimated, unnecessarily boosting bacterial resistance.

Objective:

This experimental laboratory study aimed to standardize and verify the technical feasibility of ascitic fluid vacuum filtration, as a way to optimize the etiological diagnosis of SBP, compared to the automated method.

Method:

The method evaluated and standardized in this study was ascitic fluid vacuum filtration. Its principle is the concentration of bacteria on a filter membrane.

Results:

This study included 36 cirrhotic patients treated at a public university hospital between 11.13.2017 and 06.30.2019. Among them, 47.2% (17/36) presented cytology test results compatible with SBP. For these patients, culture sensitivity using the automated method was 35.3% (6/17), against 11.8% (2/17) with the vacuum filtration method.

Conclusion:

In conclusion, vacuum filtration does not improve the microbiological diagnosis of SBP in this population compared to the automated method (AU)

Contexto:

A Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE) é uma complicação grave e frequente entre pacientes cirróticos com ascite, diagnosticada por meio da análise citológica do líquido ascítico. A cultura microbiológica do líquido ascítico, por sua vez, é positiva em menos de 40% dos casos de PBE, o que resulta frequentemente na instituição de terapia antimicrobiana inapropriada. A terapia empírica pode ser subótima, aumentando o risco de agravamento do paciente, ou superestimada, impulsionando desnecessariamente a resistência bacteriana.

Objetivo:

Estudo experimental laboratorial, propôs padronizar e verificar a viabilidade técnica da filtração a vácuo do líquido ascítico, como forma de otimizar o diagnóstico etiológico na PBE, comparativamente ao sistema automatizado de culturas de sangue.

Método:

O método avaliado e padronizado neste estudo foi a da filtragem a vácuo do líquido ascítico. Esse tem como princípio a concentração da bactéria em uma membrana filtrante.

Resultados:

Nesse estudo, foram incluídos 36 pacientes cirróticos atendidos em um hospital público universitário, entre 13.11.2017 e 30.06.2019. Entre eles, 47,2% (17/36) apresentaram citologia compatível com PBE. Nesses, a sensibilidade da cultura pelo método semi-automatizado foi de 35,3% (6/17) e da cultura pelo método da filtragem a vácuo foi de 11,8% (2/17).

Conclusão:

Em conclusão, a filtragem a vácuo não melhora o diagnóstico microbiológico da PBE em relação ao método automatizado (AU)

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