Arch. pediatr. Urug; 93 (nspe2), 2022
Publication year: 2022
Introducción:
la infección por SARS-CoV-2 en niños representa un porcentaje menor en la incidencia global de pacientes infectados por este virus. La prueba de reacción en cadena de polimerasa (PCR) para SARS-CoV-2 en muestra de secreciones nasofaríngeas es considerada como estándar de referencia, con niveles de sensibilidad y especificidad superiores a otras técnicas.
Objetivo:
describir las características de los pacientes menores de 15 años a los que se realizó PCR para SARS-CoV-2 en un prestador privado de salud del interior del país entre el 1° julio 2020 y el 30 de abril 2021. Analizar posibles factores asociados a la positividad de la prueba. Describir las características de los casos con PCR positiva
Metodología:
estudio observacional prospectivo con un análisis retrospectivo de tipo caso-control, a partir del seguimiento de una cohorte de menores de 15 años a los que se les realizó una prueba de PCR para SARS-CoV-2 en el período analizado, en un prestador integral de salud privado del interior del país. Se recabaron datos durante el seguimiento de los pacientes de acuerdo a un protocolo institucional que incluye:
datos patronímicos, causa de la solicitud de la PCR, características del contacto, resultado de PCR y umbral de ciclo (CT), manifestaciones clínicas y evolución.
Resultados:
se solicitaron 2.361 PCR a menores de 15 años (15% del total de las PCR de la institución). Promedio de edad:
8,6 años (rango 7 días-14 años y 11 meses); 49% niñas y 51% varones. Motivo de solicitud de la prueba:
78,4% para estudio de contacto, 14,3% por síntomas sin noción de contacto y 7,3% previo a ingreso hospitalario (de urgencia o coordinación). Porcentaje de positividad de todo el período:
14,7%, con una importante variabilidad mensual (5,6% en diciembre y 27% en abril). La PCR fue positiva en 346 casos, con CT promedio de 27, y rango entre 16,8 y 37,3. No se encontraron diferencias estadísticas en relación a la edad y sexo entre casos positivos y negativos. Solo un caso fue PCR positivo previo al ingreso hospitalario (OR 0,03; IC 95% 0,004-0,22) y 20 de las 611 PCR solicitadas por contacto institucional (escolar, deportivo, etc.), siendo la diferencia estadísticamente significativa cuando el caso era mayor de 15 años (p 0,029). Del estudio retrospectivo de casos (PCR positiva) y controles (PCR negativa) surge una asociación estadísticamente significativa (p<0,000001) con la causa de solicitud por contacto en comparación con otra causa (OR 5,2; IC 95% 3,28-8,26), que el caso índice sea mayor de 15 años (OR 4,57 IC 95% 2,95 - 7,10) y que sea conviviente (OR 5,28 IC 95% 3,97 - 7,04). No hubo hospitalizaciones ni fallecimientos por COVID en la población analizada.
Conclusiones:
el testeo de niños y adolescentes en busca de COVID 19 continúa siendo una estrategia válida cuando existen síntomas sugestivos o contacto con un caso confirmado. En este estudio, los niños con antecedente de contacto con conviviente positivo, y mayor de 15 años, mostraron una mayor proporción de resultados positivos de PCR para SARS-CoV-2.
Introduction:
the SARS-CoV-2 infection has shown a lower percentage in children compared to the global incidence of patients infected by this virus. The Polymerase Chain Reaction (PCR) test for SARS-CoV-2 in a sample of nasopharyngeal secretions is considered the reference standard test, and it has shown higher sensitivity and specificity levels than other techniques. Objective:
describe the characteristics of patients under 15 years of age who underwent PCR for SARS-CoV-2 in a private health provider in the interior of the country between July 1, 2020 and April 30, 2021. Analyze possible factors linked to test positivity. Describe the characteristics of cases with positive PCR Methodology:
prospective observational study with a retrospective case-control analysis based on the follow-up of a cohort of children under 15 years of age who underwent a PCR test for SARS-CoV-2 in the period analyzed, at a private health provider in the interior of Uruguay. Data were collected during patients' follow-up according to the institutional protocol that includes: personal data, reason for requesting the PCR, contact data, PCR result and cycle threshold (CT), clinical manifestations and evolution. Results:
2,361 PCRs were performed to children of under 15 years of age (15% of all PCRs in the institution). Average age 8.6 years (range 7 days - 14 years and 11 months); 49% girls and 51% boys. Reason for requesting the test:
78.4% due to previous contact, 14.3% due to symptoms without knowledge of contact and 7.3% prior to hospital admission (emergency or scheduled). Positivity percentage for the entire period 14.7% with significant monthly variability (5.6% in December and 27% in April). The PCR was positive in 346 cases, with a mean CT of 27, and a range between 16.8 and 37.3. No statistical differences were found regarding age and sex between positive and negative cases. Only 1 case was positive PCR prior to hospital admission (OR 0.03 95% CI 0.004 - 0.22) and 20 out of the 611 PCR were requested due to prior institutional contact (school, sports centers, etc.), the difference being statistically significant when the patient was older than 15 years (p 0.029). From the retrospective study of cases (PCR positive) and controls (PCR negative), a statistically significant link (p<0.000001) arose regarding: when the request resulted from a prior contact compared to other causes (OR 5.2 CI 95% 3.28-8.26), when the index case was older than 15 years of age (OR 4.57 95% CI 2.95-7.10) and when the patient and the contact had cohabited (OR 5.28 95% CI 3.97-7.04). There were no hospitalizations or deaths from COVID in the population analyzed. Conclusions:
testing children and adolescents for COVID 19 continues to be a valid strategy in case of suggestive symptoms or contact with a confirmed positive case. In this study, children with a history of contact with a positive case, and older than 15 years, showed a higher proportion of positive PCR results for SARS-CoV-2.
Introdução:
a infecção por SARS-CoV-2 em crianças representa um percentual menor do que na incidência global de pacientes infectados por esse vírus. O teste de reação em cadeia da polimerase (PCR) para SARS-CoV-2 em uma amostra de secreções nasofaríngeas é considerado o padrão de referência, com níveis de sensibilidade e especificidade mais elevados do que outras técnicas. Objetivo:
descrever as características dos pacientes menores de 15 anos de idade que realizaram PCR para SARS-CoV-2 em uma prestadora de saúde privada do interior do país entre 1º de julho de 2020 e 30 de abril de 2021. Analisar possíveis fatores associados à positividade do teste. Descrever as características dos casos com PCR positivo. Metodologia:
estudo observacional prospectivo com análise retrospectiva caso-controle a partir do acompanhamento de uma coorte de crianças menores de 15 anos que realizaram teste de PCR para SARS-CoV 2 no período analisado, em uma assistência médica de saúde no interior do país. Os dados foram coletados durante o acompanhamento dos pacientes de acordo com o protocolo institucional e incluíram:
informação pessoal, motivo da solicitação do PCR, características do contato, resultado do PCR e limiar de ciclo (CT), manifestações clínicas e evolução. Resultados:
foram solicitados 2.361 PCRs de menores de 15 anos (15% do total de PCRs da instituição). Idade média 8,6 anos (variação 7 dias - 14 anos e 11 meses); 49% meninas e 51% meninos. Motivo do pedido do exame:
78,4% por estudo de contato, 14,3% por sintomas sem conhecimento de contato e 7,3% antes da internação (por emergência ou coordenação). Porcentagem de positividade para todo o período 14,7% com significativa variabilidade mensal (5,6% em dezembro e 27% em abril). O PCR foi positivo em 346 casos, com média de TC de 27 e variação entre 16,8 e 37,3. Não foram encontradas diferenças estatísticas em relação à idade e sexo entre os casos positivos e negativos. Apenas 1 caso foi PCR positivo antes da admissão hospitalar (OR 0,03 IC 95% 0,004 - 0,22) e 20 dos 611 PCR solicitados por contato institucional (escola, centros de esportes, etc.), sendo a diferença estatisticamente significativa para os casos que tinham mais de 15 anos de idade (p 0,029). Do estudo retrospectivo de casos (PCR positivo) e controles (PCR negativo), emergiu uma associação estatisticamente significativa (p <0,000001) quando: a causa da solicitação do teste tinha sido um contato positivo prévio em relação a outra causa (OR 5,2 IC 95% 3,28 - 8,26), e quando o caso índice era mais velho do que 15 anos (OR 4,57 IC 95% 2,95 - 7,10) ou coabitava com o paciente (OR 5,28 IC 95% 3,97 - 7,04). Não houve internações ou óbitos por COVID na população analisada. Conclusões:
a testagem de crianças e adolescentes em busca de COVID-19 continua sendo uma estratégia válida quando há sintomas sugestivos ou contato com um caso positivo confirmado. Neste estudo, crianças com histórico de contato com casos positivos na mesma casa e mais velhos do que 15 anos de idade apresentaram maior proporção de resultados positivos de PCR para SARS-CoV-2.