Analysis of the time series of pertussis in Brazil from 2010 to 2019
Análise da série temporal da coqueluche no Brasil no período de 2010 a 2019

Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. (Online); 22 (3), 2022
Publication year: 2022

Abstract Objectives:

to analyze a decade of spatio-temporal behavior of pertussis in Brazil and its epidemiological characteristics.

Methods:

ecological time series study of pertussis cases and deaths from the Notifable Diseases Information System in Brazil (2010-2019). The method of generalized linear analysis of Prais-Winsten and the Kernel analysis were used.

Results:

32,849 cases were reported, of which 466 (1.42%) evolved to death, with a prevalence of 1.63/100,000 inhabitants and a mortality rate of 0.023/100,000 inhabitants. In the temporal analysis, the cyclical behavior of pertussis was evidenced, with trend variations in the period in 2014. Most cases occurred in children under 1 year of age (60.16%, p<0.01), sex female (55.28%, p=0.066) and white (48.42%, p=0.14). The largest share of deaths was in children aged <1 year (98.07, p<0.01), females (56.01%, p=0.066) and whites (43.78%, p=0.14). In the Kernel of prevalence, the South, Southeast and Northeast regions stood out with high density; while for mortality, the Southeast and Northeast stood out.

Conclusions:

the cyclical behavior of pertussis was observed, with a decreasing trend in recent years and the concentration of cases in children. This reinforces the importance of strengthening the population's immunization process.

Resumo Objetivos:

analisar uma década do comportamento espaço-temporal da coqueluche no Brasil e as suas características epidemiológicas.

Métodos:

estudo ecológico de série temporal dos casos e óbitos por coqueluche do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no Brasil (2010-2019). Utilizou-se o método de análise linear generalizada de Prais-Winsten e a análise de Kernel.

Resultados:

notificaram-se 32.849 casos, desses 466 (1,42%) evoluíram para óbito, com prevalência de 1,63/100.000 habitantes e coeficiente de mortalidade de 0,023/100.000 habitantes. Na análise temporal, evidenciou-se o comportamento cíclico da coqueluche com variações de tendência no período em 2014. A maioria dos casos ocorreu em menores de 1 ano (60,16%, p<0,01), sexo feminino (55,28%, p=0,066) e brancos (48,42%, p=0,14). A maior parcela dos óbitos foi em crianças <1 ano (98,07, p<0,01), sexo feminino (56,01%, p=0,066) e brancos (43,78%, p=0,14). No Kernel da prevalência, destacaram-se as regiões Sul, Sudeste e Nordeste com alta densidade; enquanto para mortalidade, sobressaíram-se Sudeste e Nordeste.

Conclusão:

observou-se o comportamento cíclico da coqueluche, com tendência de decréscimo nos últimos anos e a concentração de casos no público infantil. O que reforça a importância de fortalecer o processo de imunização da população.

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