Reconstruções craniofaciais: ainda há espaço para os retalhos locorregionais?
Craniofacial reconstructions: is there still room for locoregional flaps?
Rev. bras. cir. plást; 30 (4), 2015
Publication year: 2015
Introdução:
Os tumores avançados de cabeça e pescoço ainda têm elevada prevalência no Brasil. A reconstrução de um defeito resultante de ressecção craniofacial é um desafio para o cirurgião plástico. Os retalhos livres são a primeira escolha para essas reconstruções e os retalhos locorregionais têm sido utilizados em casos selecionados. O objetivo deste estudo é avaliar uma série de reconstruções com retalhos locorregionais em pacientes submetidos a ressecções oncológicas craniofaciais, demonstrando a aplicabilidade desses retalhos e o resultado final das reconstruções.Métodos:
Foram avaliadas, retrospectivamente, quatro reconstruções craniofaciais com retalhos locorregionais de fronte e couro cabeludo. Os pacientes foram operados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) e assinaram termo de consentimento permitindo a publicação científica de suas fotos e casos clínicos.Resultados:
Todas as reconstruções foram bem sucedidas. Não ocorreram casos de infecção local ou meningite, necrose do retalho, fístulas liquóricas ou deiscências. As reconstruções com retalhos locorregionais apresentadas foram seguras e simples para reconstruir defeitos extensos em região craniofacial.Conclusões:
Os cirurgiões plásticos podem realizar reconstruções complexas com estes retalhos, demonstrando que ainda há espaço para este tipo de reconstrução.Introduction:
Advanced tumors of the head and neck still have a high prevalence in Brazil. Reconstructing a defect resulting from a craniofacial resection is a challenge for the plastic surgeon. Free flaps are the first choice for these reconstructions, and locoregional flaps have been used in selected cases. The objective of this study was to evaluate a number of reconstructions with locoregional flaps in patients undergoing craniofacial oncologic resection, to demonstrate the applicability of these flaps and the end result of the reconstructions.Methods:
We retrospectively studied four craniofacial reconstructions with locoregional flaps on the forehead and scalp. The patients were operated at the Clinical Hospital of the Federal University of Pernambuco. They signed a consent form allowing the scientific publication of their photographs and clinical case records.Results:
All reconstructions were successful. There were no cases of local infection or meningitis, flap necrosis, liquor fistula, or dehiscence. Reconstructions with locoregional flaps were safe and simple to perform for extensive defects in the craniofacial region.Conclusions:
Plastic surgeons can perform complex reconstructions with locoregional flaps, demonstrating that there is still room for this type of reconstruction.
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