Perfil dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde e proteção de riscos ocupacionais na pandemia da Covid-19 no Brasil
Profile of Primary Health Care workers and occupational risk protection in the Covid-19 pandemic in Brazil
Perfil de los trabajadores de la Atención Primaria de Salud y protección de riesgos laborales en la pandemia de Covid-19 en Brasil
Trab. Educ. Saúde (Online); 20 (), 2022
Publication year: 2022
Resumo Este artigo teve como objetivo caracterizar o perfil dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde e analisar as medidas de proteção de riscos ocupacionais em dois estados brasileiros durante a pandemia da Covid-19. Trata-se de estudo quantitativo do tipo survey, com amostra aleatória de 259 profissionais de saúde da Atenção Primária dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo no período inicial da pandemia. A maioria dos participantes era do sexo feminino (85,3%), profissionais de enfermagem (40,6%) com idade média de 39,1 anos (dp ± 9,5) e do estado de São Paulo (73%). Utilizaram-se análise descritiva e teste exato de Fisher. Quanto às medidas de proteção de risco ocupacional no trabalho, verificou-se que a imunização antecipada contra influenza teve maior frequência no Mato Grosso do Sul (93,8%), porém 47,7% não tiveram acesso aos testes de Covid-19 neste estado e 24,3% em São Paulo. Os profissionais de nível superior tiveram mais acesso à máscara N95/PFF2 (10,2%) em comparação aos auxiliares e técnicos, com 6,5% e 7,8%, respectivamente. Observaram-se possíveis diferenças nas gestões municipais dos respectivos estados, que parecem não ofertar o acesso equânime de profissionais da Atenção Primária à Saúde a proteção, imunizantes e testes para detecção de SARS-CoV-2.
Abstract This article aimed to characterize the profile of Primary Health Care workers and analyze occupational risk protection measures in two Brazilian states during the Covid-19 pandemic. This is a quantitative survey study, with a random sample of 259 primary care health professionals from the states of Mato Grosso do Sul and São Paulo during the initial period of the pandemic. Most of the participants were female (85.3%), nursing professionals (40.6%) with a mean age of 39.1 years (SD ± 9.5), and from the state of São Paulo (73%). Descriptive analysis and Fisher's exact test were used. As for occupational risk protection measures at work, it was found that early immunization against influenza had the highest frequency in Mato Grosso do Sul (93.8%), but 47.7% did not have access to Covid-19 testing in this state and 24.3% in São Paulo. Higher-level professionals had more access to the N95/PFF2 mask (10.2%) compared to assistants and technicians, with 6.5% and 7.8%, respectively. Possible differences were observed in the municipal administrations of the respective states, which do not seem to provide equitable access for Primary Health Care workers to protection, immunizers, and testing for SARS-CoV-2.
Resumen Este artículo tuvo como objetivo caracterizar el perfil de los trabajadores de la Atención Primaria de Salud y analizar las medidas de protección contra riesgos laborales en dos estados brasileños durante la pandemia de Covid-19. Se trata de un estudio cuantitativo de tipo survey, con una muestra aleatoria de 259 profesionales de salud de Atención Primaria provenientes de los estados de Mato Grosso do Sul y São Paulo en el período inicial de la pandemia. La mayoría de los participantes eran mujeres (85,3%), profesionales de enfermería (40,6%) con una edad media de 39,1 años (desviación estándar ± 9,5) y del estado de São Paulo (73%). Se utilizaron el análisis descriptivo y la prueba exacta de Fisher. En cuanto a las medidas de protección contra riesgos laborales en el trabajo, se constató que la inmunización temprana contra la influenza fue más frecuente en Mato Grosso do Sul (93,8%), pero el 47,7% no tuvo acceso a las pruebas de Covid-19 en ese estado y el 24,3% en São Paulo. Los profesionales de la educación superior tuvieron más acceso a la mascarilla N95/PFF2 (10,2 %) en comparación con los auxiliares y técnicos, con un 6,5 % y un 7,8%, respectivamente. Se observaron posibles diferencias en las administraciones municipales de los respectivos estados, que parecen no ofrecer un acceso equitativo a los profesionales de la Atención Primaria de Salud a la protección, inmunizaciones y pruebas para detección del SARS-CoV-2.