Arq. odontol; 58 (), 2022
Publication year: 2022
Objetivo:
Este estudo objetivou avaliar a autopercepção de confiança de alunos concluintes do curso de Odontologia da Universidade Estadual da Paraíba, ao realizar diferentes procedimentos clínicos e verificar suas perspectivas profissionais futuras. Métodos:
O instrumento utilizado foi um questionário semiestruturado dividido em três blocos: perfil do estudante (informações demográficas como idade, sexo, estado civil, etc), grau de confiança (procedimentos/situações clínicas) e perspectivas futuras (informações sobre preferências e possíveis preocupações enquanto profissionais). Para estudo dos resultados criou-se um índice de autoconfiança (IA), que representa a média dos valores de confiança nos procedimentos questionados no inquérito. Resultados:
Verificou-se que para os procedimentos de instrução de higiene oral, restaurações de compósitos em classe I ou II, restaurações e extrações na odontopediatria e seleção de materiais dentários, os estudantes mostraram-se mais confiantes, porém apresentaram pouca confiança em procedimentos como diagnóstico e plano de tratamento de DTM (desordens temporomandibulares), cirurgia periodontal, diagnóstico de lesão/patologia oral, atendimento de pacientes com comprometimento sistêmico e extrações cirúrgicas de dentes multirradiculares. Todos os participantes do estudo apresentaram IA igual ou maior que 3 e foram considerados “confiantes” ou “muito confiantes”. Os mesmos demonstraram preferência em atuar no serviço público após a graduação e, como principais preocupações, a baixa remuneração e a falta de conhecimento na gestão odontológica. Conclusão:
Concluiu-se, portanto, que os alunos apresentaram um alto índice de autoconfiança porém, demonstraram estar mais confiantes em realizar procedimentos clínicos básicos e para procedimentos mais complexos mostraram-se pouco confiantes.
Aim:
This study analyzed the self-perceived confidence of senior undergraduate dental students at the State University of Paraíba when performing different clinical procedures. Moreover, their future professional perspectives were also surveyed. Methods:
A three-block semi-structured questionnaire provided information on the students’ profile (age, gender, marital status, etc.), degree of confidence (procedures/clinical situations), and professional perspectives (preferences and professional concerns). To study the results, a self-confidence index (SCI) was created, which represents the average of confidence values in the procedures questioned in the survey. Results:
The students reported being more confident in providing oral hygiene instruction and performing composite restorations (class I or II), restorations and extractions in pediatric dentistry, and the selection of dental materials. By contrast, they lacked confidence in the diagnosis and treatment planning of TMD, periodontal surgery, diagnosis of oral lesions, the assistance of patients with systemic conditions, and surgical extraction of teeth with multiple roots. All study participants had an AI equal to or greater than 3 and were considered “confident” or “very confident”. The students showed a preference for working in the public service sector after graduating and were mostly concerned about low pay and their lack of knowledge in dental management. Conclusion:
It was concluded, therefore, that the students showed a high level of self-confidence; however, they proved to be more confident in performing basic clinical procedures, while for more complex procedures, they were less confident.