Diagn. tratamento; 28 (1), 2023
Publication year: 2023
Contexto e Objetivo:
Ingestão de água com espessante diminui a aspiração para vias aéreas em pacientes com disfagia orofaríngea, entretanto pode causar dificuldade na ingestão. Nosso objetivo foi avaliar, em pessoas saudáveis, a influência da obesidade, idade e sexo na ingestão de água espessada. Desenho e local:
Estudo transversal realizado em amostra de conveniência na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Método:
Ingestão de água sem e com espessante foi avaliada em 75 indivíduos saudáveis (42 mulheres) com idades entre 18 e 62 anos, pelo teste de ingestão de água, com os voluntários ingerindo 100 ml de água na temperatura ambiente, sem e com 2,4 g de espessante alimentar. Foram medidos o tempo para ingerir todo o volume, o número de deglutições, e calculados o fluxo de ingestão e o volume em cada deglutição, com os voluntários indicando a sensação e a dificuldade na ingestão. Resultados:
Com espessante, o fluxo de ingestão e o volume em cada deglutição foram menores, e houve maior dificuldade e pior sensação durante a ingestão. Obesidade e idade não influenciaram a ingestão. As mulheres tiveram menor fluxo de ingestão que os homens. Discussão:
A utilização de água espessada em pacientes com disfagia pode ter dificuldades que comprometem a hidratação. Alteração do sabor e temperatura do líquido podem facilitar a ingestão. Conclusão:
A ingestão de água em pessoas saudáveis tem influência da consistência e do sexo dos indivíduos, sem influência de idade ou obesidade.