El cuidado como cuestión de tiempo: una perspectiva feminista sobre el tiempo cotidiano de cuidadoras de personas adultas con discapacidad
Caregiving as a matter of time: A feminist perspective of the daily time of women caregivers of adults with disabilities
O cuidado como questão de tempo: uma perspectiva feminista sobre o tempo cotidiano de mulheres cuidadoras de pessoas adultas com deficiência
Rev. Ocup. Hum. (En línea); 23 (1), 2023
Publication year: 2023
El artículo aborda el carácter histórico y político del tiempo, por considerarle un articulador de la existencia humana, a partir de una lectura crítica de la vida cotidiana. La reproducción de la temporalidad está mediada por el trabajo, el que, analizado desde una perspectiva feminista-marxista, permite reconocer desigualdades en la experiencia del tiempo de hombres y mujeres, basadas en la división sexual del trabajo. Para profundizar en este fenómeno se presentan resultados derivados de una investigación cualitativa que buscó analizar la experiencia del tiempo cotidiano de mujeres que realizan el trabajo de cuidados de personas adultas con discapacidad en Santiago de Chile. Se realizaron entrevistas semiestructuradas y observaciones participantes en los contextos cotidianos de ocho mujeres, reconociendo que su experiencia del tiempo depende de otras personas, que está densificada por la continua realización simultánea de trabajos no remunerados y que no distingue tiempos libres, de ocio ni por fuera del cuidado. Se concluye reconociendo que las desigualdades de género también producen desigualdades en la experiencia del tiempo, lo que insta a avanzar en políticas sociales que reconozcan el cuidado como un derecho social para que las mujeres puedan construir experiencias de sentido, azar, demora y libertad.
The article addresses time's historical and political character, considering it an articulator of human existence from a critical reading of everyday life. The reproduction of temporality is mediated by work, which, analyzed from a feminist-Marxist perspective, allows the recognition of inequalities in the experience of time for men and women based on the sexual division of labor. To delve into this phenomenon, the article presents the results from qualitative research that sought to analyze the daily experience of women who are caregivers of adults with disabilities in Santiago de Chile. Methodologically, semi-structured interviews and participant observations were made in the everyday contexts of eight women, recognizing that their experience of time depends on other people, that it is densified by the continuous and simultaneous performance of unpaid work, and that it does not distinguish free time, leisure, or time outside care. It concludes by recognizing that gender inequalities also produce inequalities in the experience of time, which urges progress in social policies recognizing care as a social right so that women can build experiences of meaning, chance, delay, and freedom.
O artigo aborda a natureza histórica e política do tempo, considerando-o um articulador da existência humana, a partir de uma leitura crítica da vida cotidiana. A reprodução da temporalidade é mediada pelo trabalho, que, analisado a partir de uma perspectiva feminista-marxista, permite reconhecer desigualdades na experiência do tempo de homens e mulheres, a partir da divisão sexual do trabalho. Para aprofundar este fenômeno, são apresentados os resultados derivados de uma pesquisa qualitativa, que buscou analisar a experiência do tempo cotidiano de mulheres que realizam o trabalho de cuidar de adultos com deficiência em Santiago do Chile. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e observações participantes nos contextos cotidianos de oito mulheres, reconhecendo que sua experiência do tempo depende de outras pessoas, que está intensificada pelo desempenho contínuo e simultâneo de trabalhos não remunerados, e que não distingue os tempos livres, de lazer nem externo ao cuidado. Conclui-se reconhecendo que as desigualdades de gênero também produzem desigualdades na experiência do tempo, o que urge avançar em políticas sociais que reconheçam o cuidado como um direito social, para que as mulheres possam construir experiências de sentido, casualidade, lentidão e liberdade.