Características de deglutição e ingestão oral pré e pós acompanhamento fonoaudiológico de pacientes traqueostomizados internados em um hospital universitário
Swallowing characteristics and oral intake before and after speech therapy follow-up of tracheostomized patients admitted to a university hospital
Características de deglución e ingesta oral antes y después del seguimiento logopédico de pacientes traqueostomizados ingresados en un hospital universitario

Distúrb. comun; 34 (3), 2022
Publication year: 2022

Introdução:

A traqueostomia pode impactar na deglutição e gerar alterações neurofisiológicas e mecânicas.

Objetivo:

Analisar a funcionalidade da deglutição em pacientes traqueostomizados internados em um hospital universitário, pré e pós intervenção fonoaudiológica por meio da análise de protocolos do serviço – Protocolo Adaptado (base na escalaFOIS e Protocolo de Avaliação do Risco para Disfagia – PARD).

Método:

Estudo transversal, retrospectivo, analítico observacional, de abordagem quantitativa. Analisados 114 protocolos de avaliação da deglutição, verificou-se o grau de disfagia conforme a classificação de O’Neile escala FOIS em um período de quatro anos. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição (29894920.5.0000.5349).

Resultados:

Após analisados os protocolos constataram-se que a maioria era do sexo masculino com média de idade de 54,55 anos. Observou-se a predominância das seguintes comorbidades prévias de saúde: pneumonia, hipertensão arterial sistêmica e acidente vascular encefálico isquêmico. Após o acompanhamento fonoaudiológico houve melhora da biomecânica da deglutição com mais pacientes apresentando deglutição funcional – um (0,9%) para 12 (10,5%), redução do número de sujeitos com disfagia grave – 32 (28,1%) para 17 (14,9%) e maior ingestão por via oral – 79 (69,3%) dos pacientes aumentaram o nível de ingestão oral conforme a escala FOIS. A maior parte da amostra apresentou boa tolerância à oclusão de traqueostomia e 60 (52,6%) progrediram para decanulação.

Conclusão:

A presença da traqueostomia impactou sobre a funcionalidade da deglutição, pois a maioria dos pacientes possuía algum grau de disfagia. Ressalta-se a importância da atuação fonoaudiológica no processo de reabilitação da deglutição, auxiliando no processo de decanulação.

Introduction:

Tracheostomy may impact swallowing and generate neurophysiological and mechanical alterations.

Objective:

To analyze the swallowing functionality in tracheostomized patients admitted to a university hospital, before and after speech-language therapy intervention through the analysis of the service protocols - Adapted Protocol (based on the FOIS scale and Dysphagia Risk Assessment Protocol - PARD).

Method:

Cross-sectional, retrospective, analytical observational study, with a quantitative approach. We analyzed 114 swallowing assessment protocols, and checked the degree of dysphagia according to O’Neil’s classification and FOISscale over a four-year period. Research approved by the Institution’s Research Ethics Committee (29894920.5.0000.5349).

Results:

After analyzing the protocols it was found that the majority were male with a mean age of 54.55 years.

A predominance of the following previous health comorbidities was observed:

pneumonia, systemic arterial hypertension and ischemic stroke. After the speech-language therapy follow-up there was an improvement in swallowing biomechanics with more patients presenting functional swallowing - one (0.9%) to 12 (10.5%), reduction in the number of subjects with severe dysphagia - 32 (28.1%) to 17 (14.9%) and greater oral intake - 79 (69.3%) of the patients increased the level of oral intake according to the FOIS scale. Most of the sample showed good tolerance to tracheostomy occlusion and 60 (52.6%) progressed to decannulation.

Conclusion:

The presence of a tracheostomy had an impact on swallowing functionality, since most patients had some degree of dysphagia. We emphasize the importance of speech therapy in the swallowing rehabilitation process, helping in the decannulation process.

Introducción:

La traqueotomía puede afectar la deglución y generar cambios neurofisiológicos y mecánicos.

Objetivo:

Analizar la funcionalidad de la deglución en pacientes traqueostomizados ingresados en un hospital universitario, antes y después de la intervención logopédica mediante el análisis de protocolos de servicio - Protocolo Adaptado (basado en la escala FOIS y Protocolo de Evaluación de Riesgos para Disfagia - PARD).

Método:

Estudio observacional analítico, transversal, retrospectivo, con enfoque cuantitativo. Tras analizar 114 protocolos de evaluación de la deglución, se verificó el grado de disfagia según la clasificación de O’Neil y la escala FOIS durante un período de cuatro años. Investigación aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la Institución (29894920.5.0000.5349).

Resultados:

Tras analizar los protocolos, se encontró que la mayoría eran varones con una edad media de 54,55 años.

Predominaron las siguientes comorbilidades de salud previas:

neumonía, hipertensión arterial sistémica e ictus isquémico. Después del seguimiento de logopedia, hubo una mejora en la biomecánica de la deglución, con más pacientes presentando deglución funcional - uno (0,9%) a 12 (10,5%), una reducción en el número de sujetos con disfagia severa - 32 (28,1%) %) a 17 (14,9%) y mayor ingesta oral - 79 (69,3%) de los pacientes aumentaron el nivel de ingesta oral según la escala FOIS. La mayor parte de la muestra mostró buena tolerancia a la oclusión de la traqueotomía y 60 (52,6%) progresaron a decanulación.

Conclusión:

La presencia de traqueotomía repercutió en la funcionalidad de la deglución, ya que la mayoría de los pacientes presentaba algún grado de disfagia. Enfatiza la importancia de la logopedia en el proceso de rehabilitación de la deglución, ayudando en el proceso de decanulación.

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