Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 21 (3), 2022
Publication year: 2022
Introducion:
given the great variability in ventilation protocols, postoperative management, characteristics of the alveolar recruitment maneuver (ARM) (frequency, duration and intensity) and tolerability in patients undergoing cardiac surgery (CS), this study investigates whether ARM is beneficial in this area. situation in order to standardize its use. Objective:
we investigated the effectiveness of ARM against pulmonary complications (PCs) immediately after CS. Methods:
this randomised clinical trial included 134 patients aged >18 years who underwent coronary artery bypass graft or valve replacement surgery at our institution between February and September 2019. Participants were allocated to receive standard physiotherapy (control group [CG], n=67) or standard physiotherapy plus ARM (intervention group [IG], n=67). Results:
there was no statistically significant difference in the incidence of PCs between the CG and IG groups (p=0.85). ARM did not improve gas exchange or lower total mechanical ventilation time, reintubation requirement, or intensive care unit and hospital stay. Conclusions:
prophylactic ARM does not decrease the insufficiency of PCs in the postoperative period of CS, it did not improve gas exchange, nor did it reduce the time of MV. MRA was associated with an increased risk of hemodynamic instability. Patients must be screened before performing ARM.
Introdução:
dada a grande variabilidade nos protocolos de ventilação, manejo pós-operatório, características da manobra de recrutamento alveolar (MRA) (frequência, duração e intensidade) e tolerabilidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca (CC), este estudo investiga se a MRA é benéfica nesta área, a fim de padronizar seu uso. Objetivo:
investigou-se a eficácia da MRA contra complicações pulmonares (CPs) imediatamente após a CC. Metodologia:
este ensaio clínico randomizado incluiu 134 pacientes com idade > 18 anos submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio ou cirurgia de substituição valvar em nossa instituição entre fevereiro e setembro de 2019. Os participantes foram alocados para receber fisioterapia padrão (grupo controle [GC], n=67) ou fisioterapia padrão com adição da MRA (grupo intervenção [GI], n=67). Resultados:
não houve diferença estatisticamente significativa na incidência de CPs entre os grupos GC e GI (p=0,85). A MRA não melhorou as trocas gasosas ou reduziu o tempo total de ventilação mecânica, necessidade de reintubação na unidade de terapia intensiva e internação hospitalar. Conclusão:
a MRA profilática não diminui a incidência de CPs no pós-operatório de CC, não melhora as trocas gasosas, nem reduziu o tempo de VM. A MRA foi associada a um risco aumentado de instabilidade hemodinâmica. Os pacientes devem ser avaliados antes de realizar MRA.