Demetra (Rio J.); 16 (1), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Determinar medidas antropométricas preditivas associadas à resistência à insulina em pacientes portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica. Métodos:
Estudo transversal, quantitativo, realizado em dois centros ambulatoriais de Recife-PE. O público foi formado por indivíduos de ambos os sexos, acima de 18 anos, com diagnóstico de doença hepática gordurosa não alcoólica via ecografia abdominal. As variáveis antropométricas coletadas foram:
circunferência da cintura, índice de massa corporal, índice de conicidade, razão cintura-quadril e cintura-estatura. A resistência à insulina foi determinada através do Homeostasis model assessment:
insulin resistance (HOMA-IR). Para entender as diferenças entre as variáveis, o teste de U Mann-Whitney e testes de correlação foram realizados. Resultados:
Participaram 75 indivíduos com predominância do sexo feminino (85%) e com idade superior a 60 anos (44%). A resistência à insulina foi elevada na população, perfazendo mais da metade dos indivíduos (73%). Com exceção do índice de massa corporal e da razão cintura-quadril, demais índices apresentaram associação estatisticamente significativa entre a presença da resistência à insulina com a esteatose hepática não alcoólica: razão cintura-estatura (p=0,004), índice de conicidade (p=0,031) e circunferência da cintura (p=0,001). No teste de correlação, apenas a circunferência da cintura (r =0,2184; p=0,05) e a razão cintura-quadril (r =0,2310; p=0,04) associaram-se. Conclusões:
Os indicadores antropométricos são ferramentas aplicáveis na prática clínica e no contexto de doença hepática gordurosa não alcoólica; contudo, a circunferência da cintura e as razões cintura-estatura e cintura-quadril apresentaram as melhores predições. (AU)
Objective:
To determine predictive anthropometric measurements associated with insulin resistance in patients with non-alcoholic fatty liver disease. Methods:
This was a cross-sectional, quantitative study conducted at two outpatient clinics in Recife-PE. The study group was formed by individuals of both sexes over 18 years of age with non-alcoholic fatty liver disease diagnosed via abdominal echography. The anthropometric variables collected were:
waist circumference, body mass index, conicity index, waist-to-hip ratio, and waist-to-height ratio. Insulin resistance was determined through the homeostasis model assessment:
insulin resistance (HOMA-IR). The Mann–Whitney U test and correlation tests were performed to understand the differences between the variables. Results:
75 individuals participated in the study, most of whom were female (85%) and with age over 60 years (44%). Insulin resistance was high in the population, being present in more than half of the individuals (73%). Except for the body mass index and waist-to-hip ratio, all other indices showed a significant association between the presence of insulin resistance and non-alcoholic hepatic steatosis: waist-to-height ratio (p= 0.004), conicity index (p= 0.031), and waist circumference (p= 0.001). In the correlation test, only the waist circumference (r= 0.2184; p= 0.05) and the waist-to-hip ratio (r = 0.2310; p= 0.04) were associated. Conclusions:
The anthropometric indicators are applicable tools in clinical practice and in the context of non-alcoholic fatty liver disease; however, waist circumference and the waist-to-height and waist-to-hip ratios provided the best predictions. (AU)