Ruído na escola: queixas de saúde e o incômodo em professores do ensino público
Distúrb. comun; 21 (2), 2009
Publication year: 2009
Objetivo:
Identificar as queixas de saúde e o incômodo relacionado ao ruído em professores com e sem distúrbio de voz de duas escolas.Método:
A amostra foi composta por 53 professores (27 da Escola 1 e 26 da Escola 2) com e sem distúrbios vocais. Foram aplicados dois questionários que abordaram questões referentes a aspectos de saúde geral e queixas relacionadas à exposição a ruído. As análises estatísticas (Teste de Mann-Whitney e Correlação de Spearman) compararam os resultados intra-escola e inter escolas.Resultados:
A prevalência de distúrbio de voz foi de 44,4% na Escola 1 e de 50% na Escola 2. As queixas mais freqüentes nos professores com e sem distúrbios vocais de ambas as escolas foram o cansaço, dor de cabeça e stress. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre as freqüências das queixas e presença de distúrbio de voz. Todos os professores de ambas as escolas relataram que o ambiente de trabalho era ruidoso. A condição "sempre" ruidoso foi relatada por 83,3% dos professores da Escola 1 e 66,7% da Escola 2. Na Escola 1, as principais fontes apontadas foram o ruído provocado pelos alunos e o proveniente da própria sala. Na Escola 2, a principal reclamação foi referente ao ruído externo à escola. Na Escola 1 houve efetiva relação entre ter distúrbios de voz e apresentar mais queixas referentes ao ruído externo no ambiente de trabalho.Conclusão:
As queixas de saúde foram estatisticamente diferentes nas duas escolas. As reclamações referentes ao incômodo relacionado ao ruído apareceram na maioria da amostra de ambas as escolas, independentemente da presença de distúrbios de voz.
This study investigated health complaints and noise annoyance in teachers from two public schools, with and without voice disorders. 53 teachers were evaluated (27 from School 1 and 26 from School 2). The following procedures were conducted including two questionnaires with information about health condition and noise exposure. The statistical analysis was conducted by Mann-Whitney Test and Spearman Correlation. The prevalence of voice disorders was 44, 4% in School 1 and 50% in School 2. There was a high prevalence of headache and stress in both schools. There were no statistical differences between symptoms and voice disorders. All teachers from both schools reported the presence of noise in the workplace. The condition “always noisy” was related for 83, 3% and 66, 7% teachers with and without voice disorders from School 1. From School 2 was related 69, 2% and 84, 6%, respectively. The majors’ noise sources were students, internal classroom noise and external noise. There were effective relation between voice disorder and external noise annoyance. Information collected from the two schools was different. However, noise annoyance was very high in both schools, independently of the presence of voice disorders.