Distúrb. comun; 21 (2), 2009
Publication year: 2009
Introdução:
Este artigo discute aspectos orgânicos e psíquicos em quadros disfágicos, que influenciam no processo terapêutico fonoaudiológico realizado em ambiente hospitalar. Tanto o fonoaudiólogo quanto a equipe hospitalar, conforme determinam políticas de saúde atuais, devem buscar aportes teóricos e técnicos que permitam escuta clínica atenta às questões e ao sofrimento dos pacientes, tornando-os ativos no processo terapêutico, humanizando o atendimento. Assim, deve-se tratar o sujeito e não apenas os aspectos miofuncionais da disfagia. Olhar humanizado não implica em desconsiderar questões orgânicas importantes ao prognóstico e ao tratamento da disfagia. Significa reconhecer a singularidade dos sujeitos, utilizando estratégias necessárias em cada caso, respeitando o tempo e os modos pelos quais os pacientes significam e enfrentam suas demandas.Objetivo:
Responder a seguinte indagação: Por que alguns pacientes em condições para iniciar uma dieta via oral (VO) não conseguem fazê-lo ou resistem a ela? Método: O design é de um estudo de caso clínico. Foram estudados dois pacientes adultos que, entre outros agravos, tinham disfagia e que, após reabilitação funcional da alimentação por VO, seguiram recusando a via natural de alimentação. Resultados/Discussão: Com apoio da equipe do hospital, abriu-se espaço aos pacientes para falarem de suas representações e sentimentos, o que permitiu compreender a recusa alimentar, bem como constituir condições para superarem tal dificuldade de alimentação. Conclusão:
O fonoaudiólogo deve articular as dimensões orgânicas e psíquicas no tratamento de pacientes disfágicos, pois a oralidade depende também de determinação simbólica: a boca é lugar de alimentação, mas também de palavras e afetos.
Introduction:
This article discusses physical and mental aspects in dysphagia which influence the therapeutic process in a hospital. Both the therapist and hospital staff, as determined in current health policies, should seek theoretical and technical devices for careful clinical listening to the questions and the suffering of patients, making them more active in the therapeutic process, and thus, humanizing care. Therefore, one should treat the subject and not only his/her myofunctional dysphagia. Humanized care does not imply in disregarding important organics issues to prognosis in treatment of dysphagia. It means recognizing the uniqueness of each subject, using strategies required in each case, respecting the time and different ways in which patients face their demands. Aim:
To respond to the question: Why is it that some patients are considered able to start an oral diet but can not do so or resist to it? Method: The design is a case study. We studied two adult patients who, among other illnesses, had dysphagia and, after functional rehabilitation of oral feeding, refused to follow the natural route of feeding. Results:
With support from hospital staff, the opportunity appeared for patients to talk about their ideas and feelings. This enabled the understanding of the refusal to eat, and enabled patients to overcome this difficulty in feeding. Conclusion:
The Speech-Language Pathologist should articulate both organic and psychological treatment for patients with dysphagia, as orality also depends on symbolical determination: the mouth is a place for food, but also of words and affections.
Introducción:
Este artículo aborda aspectos físicos y mentales en la disfagia, que influyen en el proceso terapéutico realizado en un ambiente hospitar. Tanto el fonoaudiólogo como el personal del hospital, según lo determinado en las políticas actuales de salud, deben buscar los dispositivos teóricos y técnicos que permitan una escucha clínica atenta a las preguntas y al sufrimiento de los pacientes, haciendolos activos en el proceso terapéutico, humanizando el atendimiento. Asi, se debe tratar el sujeto y no solamente los aspectos miofuncionales de la disfagia. Significa reconocer la singularidad de los sujetos, utilizando lãs estrategias necesárias a cada caso, respetando el tiempo y los modos como los pacientes dan significado y enfrentan a sus demanda Objetivo: Contestar a la siguiente pregunta: ¿Por qué algunos pacientes que pueden iniciar una dieta via oral (VO) no pueden hacerlo o se oponen a ella? Método: El design es de estudio de caso clínico. Se estudiaron dos pacientes adultos que, entre otros problemas tenian disfagia y que, después de la rehabilitación funcional de la alimentación por VO, siguieron negando la vía natural de alimentación. Resultados/Discusión: Con el apoyo del personal del hospital se abrió espácio a los pacientes para hablar sobre sus representaciones y sentimientos, lo que permitió entender la negativa a alimentarse, y también construir condiciones para que superen tal dificultad de alimentacion. Conclusión:
El fonoaudiólogo debe articular las dimensiones orgânicas y psíquicas en el tratamiento de pacientes con disfagia, porque la oralidad depende también de la determinación simbólica: la boca es lugar de alimentación, pero también de palabras y afectos.