Tabagismo na pandemia de Covid-19: aspectos neurobiológicos do abuso de drogas em condições de estresse prolongado
Smoking on Covid-19 pandemic: neurobiological aspects of drug abuse in lasting stress conditions
Fumar en la pandemia de Covid-19: aspectos neurobiológicos del abuso de drogas en condiciones de estrés duradero

Arq. ciências saúde UNIPAR; 27 (1), 2023
Publication year: 2023

No fim de 2019 iniciou-se uma das maiores crises da saúde pública global em Wuhan, China. Essa emergência foi o aparecimento do SARS-CoV-2 e da doença COVID-19, uma síndrome respiratória aguda de alta transmissibilidade. A declaração da pandemia pela OMS em março de 2020 fez com que o mundo tomasse diversas medidas para o combate e contenção da doença. Inicialmente o isolamento social e lockdown foram as principais iniciativas, já que não havia formas de tratamento ou prevenção da doença. Essas medidas restritivas geraram uma mudança de hábito da população que deflagrou sérios comprometimentos físicos e psicológicos. Uma das consequências foi o aumento do uso de substâncias de abuso e, consequentemente, do transtornos por uso de substâncias, dentre elas o tabaco. Durante a pandemia o consumo de cigarro aumentou de 10 a 30% no mundo, o tabagismo é a principal causa de morte evitável e fator de risco para diversas doenças. Conjuntamente ao álcool, a nicotina têm um poder aditivo superior a muitas drogas ilícitas. A combinação dos transtornos por uso de substâncias e a COVID-19 acabam por ter um efeito sinérgico, dessa forma, buscamos integrar aspectos neuroquímicos, cognitivos e comportamentais que levaram ao aumento do consumo e/ou recaída nicotina e a terapêutica utilizada.
One of the biggest global public health crisis began in Wuhan, China at the end of 2019. That emergency was the emergence of SARS-CoV-2 and the disease COVID-19, a highly transmissible acute respiratory syndrome. The pandemic declaration by the WHO in March 2020 caused the world to take on several measures to combat and contain the virus. Initially, social isolation and lockdown were the main initiatives, as there were no forms of treatment or prevention of the disease. These restrictive measures generate a change in the habit of the population that triggered serious physical and psychological impairments. One of the consequences was the increase in the use of substances of abuse and, consequently, substance use disorder, including tobacco. During the pandemic, cigarette consumption increased from 10 to 30% worldwide, whereas smoking is the main cause of preventable death and a risk factor for several diseases. Along with alcohol, nicotine has a greater addictive power than illicit drugs. Substance use disorders and COVID-19 have a synergistic effect, in this way, we seek to integrate neurochemical, cognitive and behavioral aspects that led to increased consumption and/or relapse in nicotine consumption and the used therapy.
Una de las mayores crisis mundiales de salud pública comenzó en Wuhan (China) a finales de 2019. Esa emergencia fue la aparición del SARS-CoV-2 y la enfermedad COVID-19, un síndrome respiratorio agudo altamente transmisible. La declaración de pandemia por parte de la OMS en marzo de 2020 hizo que el mundo adoptara varias medidas para combatir y contener el virus. Inicialmente, el aislamiento social y el encierro fueron las principales iniciativas, ya que no existían formas de tratamiento o prevención de la enfermedad. Estas medidas restrictivas generaron un cambio en los hábitos de la población que desencadenó graves alteraciones físicas y psicológicas. Una de las consecuencias fue el aumento del consumo de sustancias de abuso y, en consecuencia, el trastorno por consumo de sustancias, incluido el tabaco. Durante la pandemia, el consumo de cigarrillos aumentó del 10 al 30% en todo el mundo, mientras que el tabaquismo es la principal causa de muerte evitable y un factor de riesgo de varias enfermedades. Junto con el alcohol, la nicotina tiene un mayor poder adictivo que las drogas ilícitas. Los trastornos por uso de sustancias y la COVID-19 tienen un efecto sinérgico, de esta manera, buscamos integrar los aspectos neuroquímicos, cognitivos y conductuales que llevaron al aumento del consumo y/o recaída en el consumo de nicotina y la terapia utilizada.

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