A constituição subjetiva de mulheres, estudantes do programa brasileiro da educação de jovens e adultos e a aprendizagem
Estud. interdiscip. envelhec; 26 (1), 2021
Publication year: 2021
Pessoas com mais idade que buscam escolarização através da Educação de Jovens e Adultos (EJA) encontram muitas vezes enormes dificuldades nas suas aprendizagens. Para compreender barreiras possíveis, este artigo traz uma pesquisa qualitativa, que analisa as histórias de vida de três mulheres, estudantes do programa brasileiro da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e objetiva identificar as marcas subjetivas que advêm da classe social e gênero e suas inter-relações com a aprendizagem escolar, assim como as semelhanças entre as trajetórias que caracterizam as estudantes. O trabalho busca abordar e apontar as singularidades dos processos de aprendizagem, promovendo movimentos subjetivos de deslocamento em relação aos sujeitos na vida adulta e em processo de envelhecimento. A Teoria da Subjetividade, de Fernando Gonzáles
Rey, foi usada como metodologia, e autores que trabalham com a mesma perspectiva. Para verificar as semelhanças nas trajetórias de vida, foram usados elementos do Método Biográfico de Jacques Marre. Também foram utilizados os trabalhos de Camarano, e de
Paulo Freire, principalmente em relação a identidade e gênero. Esta pesquisa buscou refletir sobre a subjetividade individual, social, e emocional permeados por situações de discriminação e de opressão, fatores capazes de produzir ou obstruir caminhos de aprendizagem.(AU)