Sofrimento mental, desgastes e fortalecimento no enfrentamento da covid-19 entre trabalhadores da enfermagem do Tocantins
Mental suffering, wear, and strengthening in the face of COVID-19 among nursing workers in Tocantins
Sufrimiento mental, desgaste y fortalecimiento ante el covid-19 en trabajadores de enfermería de Tocantins

Rev. baiana saúde pública; 46 (4), 2022
Publication year: 2022

Considerando o impacto da pandemia, o aumento da demanda dos serviços de saúde e o potencial desgaste psíquico dos profissionais da linha de frente, o objetivo do estudo foi identificar a presença de sofrimento mental e os fatores de desgaste e de fortalecimento em trabalhadores da enfermagem que atuaram no enfrentamento da covid-19 no Tocantins. Trata-se de pesquisa quantitativa por meio da técnica snowball, com coleta de dados entre abril e outubro de 2020. Os dados foram analisados com estatística descritiva simples e inferencial. Para identificar a presença de sofrimento mental, foi utilizado SRQ-20; para levantamento dos fatores de desgaste e fortalecimento, foi feita entrevista semiestruturada. Dos 38 participantes, 84,2% são do sexo feminino e 68,4% apresentam suspeição de sofrimento mental. Não se encontrou associação da presença de sofrimento mental com o perfil dos participantes. Quanto aos grupos de sintomas do SRQ-20, foram identificados: humor depressivo e ansioso (84,2% se sentem nervosos); sintomas somáticos (68,4% dormem mal); decréscimos de energia vital (60,5% se sentem cansados o tempo todo); e pensamentos depressivos (37,8% têm perdido o interesse pelas coisas). Os aspectos relacionados ao trabalho em equipe (66,7%) são os que mais fortaleceram os trabalhadores no enfrentamento da covid-19 e os relacionados à política de saúde do trabalhador (61,9%), os que mais desgastaram. Conclui-se que os trabalhadores da enfermagem apresentaram alta prevalência de sofrimento mental; os fatores de desgaste foram relacionados à sobrecarga de trabalho e à falta de políticas adequadas ao trabalhador. O trabalho em equipe foi o que mais fortaleceu os profissionais.
Considering the impact of the pandemic, increased demand for health services and the potential psychological strain on front-line workers, the objective of the study was to identify the presence of mental suffering and the strain and strengthening factors in nursing workers who work facing COVID-19 in Tocantins. This is a quantitative research using the snowball technique, with data collection between April and October 2020. Data were analyzed using simple descriptive and inferential statistics. The SRQ-20 and a semi-structured interview were used to survey the wear and strengthening factors to identify the presence of mental suffering. Of the 38 participants, 84.2% are female and 68.4% have a suspicion of mental suffering. No association was found between the presence of mental suffering and the profile of the participants. Regarding the SRQ-20 symptom groups, we found: depressive and anxious mood (84.2% feel nervous); somatic symptoms (68.4% sleep poorly); decreases in vital energy (60.5% feel tired all the time); and depressive thoughts (37.8% have lost interest in things). Aspects related to teamwork (66.7%) are the ones that most strengthened workers facing COVID-19 and those related to the worker’s health policy (61.9%) were the ones that wore out the most. In conclusion, nursing workers have a high prevalence of mental suffering; the stress factors are related to work overload and the lack of adequate policies for the worker. Teamwork was what strengthened the workers the most.
Teniendo en cuenta el impacto de la pandemia, el aumento de la demanda por los servicios de salud y el potencial desgaste psicológico en los trabajadores de primera línea, el objetivo de este estudio fue identificar el sufrimiento mental y los factores de desgaste y de fortalecimiento en los trabajadores de enfermería que trabajan en el enfrentamiento del covid-19 en Tocantins (Brasil). Se trata de una investigación cuantitativa mediante la técnica snowball, con recolección de datos entre abril y octubre de 2020. Los datos se analizaron con el uso de estadística descriptiva e inferencial simple. Para identificar la presencia de sufrimiento psíquico se utilizó el SRQ-20, y la entrevista semiestructurada para identificar los factores de desgaste y fortalecimiento. De los 38 participantes, el 84,2% son del sexo femenino y el 68,4% tienen sospecha de sufrimiento psíquico. No se encontró asociación entre la presencia de malestar mental y el perfil de los participantes. En cuanto a los grupos de síntomas del SRQ-20, se encontró: estado de ánimo depresivo y ansioso (el 84,2% de los participantes se sienten nerviosos); síntomas somáticos (el 68,4% duermen mal); disminución de la energía vital (el 60,5% se sienten cansados todo el tiempo); y pensamientos depresivos (el 37,8% han perdido el interés por las cosas). Los aspectos relacionados con el trabajo en equipo (66,7%) son los que más fortalecieron a los trabajadores frente al covid-19, y los relacionados con la Política de Salud del Trabajador (61,9%) fueron los que más les desgastaron. Se concluye que los trabajadores de enfermería tienen alta prevalencia de sufrimiento psíquico; los factores de desgaste están relacionados con la sobrecarga de trabajo y con la falta de políticas adecuadas para el trabajador. El trabajo en equipo fue el que más fortaleció a los trabajadores.

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