A inteligência na gestão pública: uma análise sob a perspectiva institucional
La inteligencia en la gestión pública: un análisis desde una perspectiva institucional
Intelligence in public management: an analysis from an institutional perspective

Rev. adm. pública (Online); 56 (6), 2022
Publication year: 2022

Resumo Estudos recentes apontam que as barreiras para a transição e estruturação de um governo inteligente parecem menos tecnológicas e mais institucionais. Nesse intuito, este artigo fornece uma contribuição original ainda não abordada na literatura, com o objetivo de analisar as dimensões de inteligência na gestão pública sob a lente da teoria institucional e, por meio do debate teórico, desenvolver um modelo de institucionalização de inteligência na gestão pública. Para fins de validação das quatro categorias definidas segundo a análise teórica (estrutura organizacional, estrutura tecnológica, capital humano e engajamento social), com as respectivas dimensões de inteligência (uso de dados e informações externas; cultura organizacional para inteligência; uso efetivo de tecnologias [Big Data; Business Intelligence]; decisão com base em evidências; colaboração interdepartamental e interorganizacional; organização e unificação de base de dados; agilidade em governo; eficiência e efetividade da gestão; engajamento social; inovação, cocriação, inteligência coletiva), optou-se pela utilização da técnica de card sorting. Os resultados apontam para a importância da incorporação dos elementos da perspectiva institucional para a legitimação de inteligência no governo. Ainda, com base na análise da etapa de card sorting, os resultados demonstram concordância na classificação dos itens por construto proposto, apresentando-se como uma oportunidade futura do modelo a ser testado quantitativamente.
Resumen Estudios recientes señalan que las barreras para la transición y la estructuración de un gobierno inteligente parecen menos tecnológicas y más institucionales. Para ello, este artículo brinda un aporte original aún no abordado en la literatura, con el objetivo de analizar las dimensiones de la inteligencia en la gestión pública bajo el lente de la teoría institucional y, a partir del debate teórico, desarrollar un modelo de institucionalización de la inteligencia en la gestión pública. Con el fin de validar las cuatro categorías definidas a partir del análisis teórico (estructura organizacional, estructura tecnológica, capital humano y compromiso social), con las respectivas dimensiones de inteligencia (uso de datos e información externa; cultura organizacional para la inteligencia; uso efectivo de tecnologías (big data; business intelligence); toma de decisiones basada en evidencia; colaboración interdepartamental e interorganizacional; organización y unificación de bases de datos; agilidad del gobierno; eficiencia y eficacia de la gestión; compromiso social; innovación, cocreación, inteligencia colectiva), se decidió utilizar la técnica de clasificación de tarjetas. Los resultados apuntan a la importancia de incorporar elementos desde la perspectiva institucional para la legitimación de la inteligencia en el gobierno. Asimismo, a partir del análisis de la etapa de clasificación de tarjetas, los resultados demuestran concordancia en la clasificación de ítems por constructo propuesto, presentándose como una oportunidad futura del modelo a ser probado cuantitativamente.
Abstract Recent studies point out that the barriers to transition and structuring a smart government seem less technological and more institutional. Against this backdrop, this article provides an original contribution to the literature by analyzing the dimensions of intelligence in public management under the lens of institutional theory. Also, from the theoretical debate, the research develops a model of institutionalization of intelligence in public management. The card sorting technique was used to validate the four categories defined from the theoretical analysis (organizational structure, technological structure, human capital, and social engagement).

These categories were defined considering the respective dimensions of intelligence:

use of data and external information; organizational culture for intelligence; effective use of technologies (Big Data; Business Intelligence); evidence-based decision-making; inter-departmental and inter-organizational collaboration; database organization and unification; government agility; management efficiency and effectiveness; social engagement; innovation, co-creation, intelligence collective. The results point to the importance of incorporating elements from the institutional perspective to legitimize intelligence in government. Also, from the analysis of the card sorting stage, the results demonstrate agreement in classifying items by proposed construct, presenting itself as a future opportunity for the model to be quantitatively tested.

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