Pólipo Nasofaríngeo Primário: Apresentação Incomum
Primary Nasopharyngeal Polyp: Uncommon Presentation

Rev. AMRIGS; 66 (3), 2022
Publication year: 2022

Os pólipos inflamatórios não neoplásicos da nasofaringe são patologias raras e de consistência frágil, que normalmente são confundidos com outras lesões desta região. Entre essas, está o nasoangiofibroma, que possui consistência firme e sangra à manipulação. J.I.R.B., 17 anos, sexo masculino, estudante, com história de dor na faringe, com obstrução nasal noturna há 2 meses, associado à queixa de volume na garganta há 1 mês. À inspeção e oroscopia, encontrou-se uma volumosa lesão de aspecto polipoide, projetando-se da orofaringe. A ressonância magnética (RM) revelou lesão volumosa com componentes císticos, hiperintenso em T1 e hipointenso em T2, de aproximadamente 8,0 cm no seu maior diâmetro no corte sagital, que se estendia da nasofaringe até a orofaringe, chegando à região da epiglote. São descritos na literatura vários estudos relatando pólipos nasofaríngeos em felinos, mas apenas um estudo na literatura médica inglesa fala sobre as propriedades clínicas e histológicas dos pólipos inflamatórios primários da nasofaringe humana. Assim, o presente caso tem grande importância, principalmente pela sua raridade, local de acometimento do pólipo inflamatório benigno, bem como o tamanho da lesão. Na abordagem de massas naso e orofaríngeas em jovens e adultos, os pólipos inflamatórios primários fazem parte dos diagnósticos a serem considerados. Apesar do pequeno número de casos, as características radiológicas e patológicas dessa lesão devem ser lembradas, minimizando o risco de serem diagnosticados incorretamente.
Non-neoplastic inflammatory polyps of the nasopharynx are rare pathologies of fragile consistency, which are usually confused with other lesions of this region. Among these, the nasopharyngeal angiofibroma, which has firm consistency and bleeds to manipulation. J.I.R.B., 17 years old, male, student, with a history of pain pharynx, and nocturnal nasal obstruction for 2 months, associated with the complaint of volume in the throat for 1 month. Inspection and oroscopy, a polypoid lesion was found, protruding from the oropharynx. Magnetic resonance imaging (MRI) revealed a massive lesion with cystic, hyperintense components on T1-weighted images and hypointense at T2, approximately 8.0 cm in its largest diameter in the sagittal section, which was out of the nasopharynx to the oropharynx, reaching the epiglottis region. Several studies reporting nasopharyngeal polyps in felines have been described in the literature, but only one study in the English medical literature talks about the clinical and histological properties of the primary inflammatory polyps of the human nasopharynx. Thus, the present case is of great importance mainly, due to its rarity, site of involvement of benign inflammatory polyp, as well as the size of the lesion. In the approach of nasopharynx and oropharyngeal masses in young and adult, the primary inflammatory polyps are part of the diagnoses to be considered. Despite the small number of cases, the radiological and pathological characteristics of this lesion should be remembered, minimizing the risk of being misdiagnosed.
Research data


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