A conduta subjetiva do trabalhador em Lenin: proximidades ou divergências com a concepção de Taylor?
Workers’ subjective conduct in Lenin: proximity or divergency with Taylor’s conception?

Cad. psicol. soc. trab; 25 (), 2022
Publication year: 2022

Este artigo resulta de um estudo sobre a concepção de V. I. Lenin acerca da conduta subjetiva do trabalhador, buscando identificar proximidades ou divergências com a concepção presente em F. W. Taylor. Em 1918, após o processo revolucionário de caráter socialista na Rússia, Lenin defendeu a aplicação do taylorismo como método de organização do trabalho nas indústrias soviéticas, defesa que tem sido criticada politicamente e por teóricos do campo da teoria social marxista. Constatamos que Lenin identifica positividades no taylorismo no que se refere à possibilidade de uma melhor organização do trabalho, visando à sua simplificação e ao aumento da sua produtividade. Contudo, concluímos que a sua concepção no tocante à conduta subjetiva do trabalhador não é a mesma de Taylor. O taylorismo pressupõe um sujeito indolente por natureza e somente passível de adaptação. De forma distinta, em Lenin, a consciência e a conduta do trabalhador são resultado das relações sociais de produção e, muito embora contraditórias, suscetíveis de transformação. Mais do que isso, é o proletariado, a partir de um aprendizado, quem deve dirigir o processo de trabalho e a sociedade
This study stems from research on V. I. Lenin’s conception about workers’ subjective conduct, seeking to identify proximities or divergencies with that of Taylor. In 1918, after the revolutionary socialist process in Russia, Lenin defended the application of Taylorism as a method to organize labor in Soviet industries. A defense which has been criticized politically and by Marxist social theory thinkers. We note that Lenin identifies positivities in Taylorism regarding the possibility of better organizing labor, aiming at simplifying it and increasing its productivity. However, we conclude that his conception regarding workers’ subjective conduct differs from that of Taylor. Taylorism presupposes a subject who is indolent by nature and only capable of adaptation. In Lenin, workers’ consciousness and behavior result from social relations of production which are, although contradictory, susceptible to transformation. More than that, it is the proletariat, through a learning process, who must direct the work process and society

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