Estud. Interdiscip. Envelhec. (Online); 26 (3), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
as medidas de desempenho da função física podem prever incidência futura de incapacidade, dependência em atividades de vida diária, institucionalização e morte em idosos após Acidente Vascular Encefálico. Embora existam estudos verificando o efeito da
idade na velocidade de marcha e na incapacidade, ainda existem lacunas significativas na literatura com idosos após Acidente Vascular Encefálico. Objetivo:
verificar quais são os possíveis preditores da velocidade de marcha em idosos após Acidente Vascular Encefá-
lico. Métodos:
estudo transversal, em que foi avaliada: velocidade de marcha (teste de caminhada de 10 metros – TC10m), força de flexores plantares e extensores de joelho do lado parético (Teste do Esfigmomanômetro Modificado – TEM), mobilidade (Time up and
Go – TUG) e depressão (Escala de Depressão Geriátrica – GDS). Foi utilizada a regressão linear para verificar quais preditores explicariam a velocidade de marcha. Resultados:
60 indivíduos foram incluídos, idade média de 71 ± 7 anos, com TC10m de 0,7 ± 0,3 m/s, força
de flexores plantares de 133 ± 66 mmHg e força de extensores de joelho de 198 ± 62 mmHg, TUG de 19 ± 10 s e GDS 6 ± 3 pontos. A força de flexores plantares do lado parético explicou 33% da variação da velocidade de marcha. Quando a mobilidade foi
incluída, a variância aumentou para 43%. Conclusão:
a força dos flexores plantares do lado parético e a mobilidade são preditores e influenciam diretamente a velocidade de marcha nos idosos após o Acidente Vascular Encefálico.(AU)
Introduction:
performance-based measures of physical function can predict the future incidence of disability, dependence in activities of daily living, institutionalization, and death in older people after stroke. Although there have been previous studies examining the effect of age on walking speed and disability, significant gaps still exist in the literature with older people after stroke. Purpose:
to verify the possible predictors of the walking speed in elderly individuals after stroke. Methods:
cross-sectional study, where it was evaluated: walking
speed (10-meter walking test – 10 MWT), plantar flexor and knee extensor strength of the paretic side (Modified Sphygmomanometer Test – MST), mobility (Time up and Go – TUG), and depression (Geri- atric Depression Scale – GDS). It was used linear regression to verify
which predictors would explain the walking speed (α=0,05). Results:
60 individuals were included with a mean age of 71±7 years, with 10MWT of 0.7±0.3m/s, plantar flexor strength of 133±66mmHg and knee extensor strength of 198±62mmHg, TUG of 19±10s, and GDS
6±3 points. The plantar flexor strength of the paretic side explained 33% of the variance of the walking speed. When mobility was included, variance increased to 43%. Conclusion:
plantar flexors strength of the paretic side and mobility are predictors and have a direct influence on the walking speed in older people after stroke.(AU)