Estratégias de mediação utilizadas por trabalhadores da área de drogas
Mediation strategies used by workers from the drug and alcohol field
Cad. psicol. soc. trab; 25 (), 2022
Publication year: 2022
As estratégias de mediação, para a psicodinâmica do trabalho, compreendem as estratégias de defesa e as de enfrentamento empregadas pelo trabalhador para mediar o sofrimento laboral. Este estudo visa compreender essas estratégias utilizadas por trabalhadores que executam as políticas públicas sobre drogas no eixo cuidado, em uma cidade do sul do Rio Grande do Sul. De abordagem qualitativa, este estudo é transversal e descritivo, e contou com duas etapas: entrevista individual e questionário sociodemográfico com 20 trabalhadores; e grupo focal com sete participantes no primeiro encontro e outros quatro no segundo. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin. A priori, foram definidas as categorias estratégias de defesa e estratégias de enfrentamento. Na primeira, as subcategorias encontradas foram: racionalização; negação; desinvestimento afetivo e cognitivo; e isolamento. Na segunda, destacaram-se a transgressão, revoluções moleculares, busca por capacitação e busca por diálogo. Identificou-se a necessidade de espaços de trocas entre o coletivo de trabalhadores. Espera-se subsidiar discussões sobre o funcionamento dos serviços e seu impacto na vida dos trabalhadores, visando promover a saúde mental
Mediation strategies for the psychodynamics of work include not the defense strategies but also confrontation ones, which workers use to mediate labor suffering. This research aims to understand the strategies employed by workers who implement public drug policies on care services in a southern municipality in the state of Rio Grande do Sul. This cross-sectional and descriptive study adopted a qualitative approach in two stages: individual interviews and sociodemographic questionnaire with 20 workers; and focal group sessions with seven participants in our first meeting and four, in the second one. To analyze the data, we resorted to Bardin’s analysis of content. We defined categories as a priori defense and confrontation strategies. In the first category, we found subcategories such as rationalization, nonacceptance, lack of emotional and cognitive investment, and isolation. In the second category, we highlight the following subcategories: transgression, molecular revolutions, search for training, and quest for dialogue. We also found the need for exchange spaces between workers. We expect to subside discussions about the functioning of services and their impact on workers’ lives, aiming to promote mental health