Human Visceral Leishmaniasis: lethality and time from suspicion to treatment in an endemic area in Brazil
Leishmaniose visceral humana: letalidade e tempo da suspeição ao tratamento em área endêmica no Brasil
Leishmaniasis visceral humana: letalidad y tiempo desde la sospecha hasta el tratamiento en un área endémica de Brasil

Rev. epidemiol. controle infecç; 12 (4), 2022
Publication year: 2022

Background and objectives:

human visceral leishmaniasis (HVL) are a persistent public health problem, configuring a challenge to reduce its lethality. In order to evaluate the factors associated with lethality, this study emphasizes the time elapsed from suspicion to treatment of HVL, in the years 2015 to 2019, in the municipality of Araguaína-TO, an area of intense transmission.

Methods:

an epidemiological study of case series with longitudinal follow-up with information extracted from HVL notification and investigation forms. The relative risk (RR) was used as a measure of the strength of association for death, being calculated with confidence intervals (95% CI) estimated by the Wald test. Time intervals were represented in days by box plot as medians (Md).

Results:

of the 191 cases of HVL, 179 (93.72%) were cured and 12 (6.28%) had a fatal outcome. There was no association of risk of death by sex, education, race, being significant only by age in the age groups of young (RR= 16.09) and older adults (RR=7.08). The time from suspicion to treatment in children was shorter (0-35 days, Md=12) than that of older patients (4-44 days, Md=18) and in those who died (7-65 days, Md=20) highlighting greater inopportunity of healing in these last two groups.

Conclusion:

late diagnosis was a determining indicator for worse outcomes, five days made the difference between the group with an outcome for cure with the group of those who died, highlighting the need to shorten the wait for treatment.(AU)

Justificativa e objetivos:

a leishmaniose visceral humana (LVH) constitui-se em persistente problema de saúde pública, configurando-se um desafio à redução de sua letalidade. Para avaliação dos fatores associados à letalidade, este estudo tem ênfase no tempo decorrido da suspeição ao tratamento de LVH, nos anos de 2015 a 2019, no município de Araguaína-TO, área de transmissão intensa.

Métodos:

estudo epidemiológico de série de casos com acompanhamento longitudinal, com informações extraídas das fichas de notificação e investigação de LVH. Utilizou-se o risco relativo (RR) como medida de força de associação para o óbito, sendo calculado com intervalos de confiança (IC 95%) estimados pelo Teste de Wald. Os intervalos de tempo foram representados em dias por box plot em medianas (Md).

Resultados:

dos 191 casos de LVH, 179 (93,72%) obtiveram cura e 12 (6,28%) apresentaram desfecho fatal. Não houve associação de risco de morte por sexo, escolaridade, raça ou cor, sendo significativa apenas por idade nas faixas etárias de adultos jovens (RR= 16,09) e idosos (RR=7,08). O tempo da suspeição ao tratamento em crianças foi mais curto (0-35 dias, Md= 12) que o de pacientes mais velhos (4-44 dias, Md=18) e naqueles que evoluíram ao óbito (7-65 dias, Md=20), realçando maior inoportunidade de cura nesses dois últimos grupos.

Conclusão:

o diagnóstico tardio foi um indicador determinante para piores desfechos, e cinco dias fizeram a diferença entre o grupo com desfecho para cura e o grupo dos que vieram a óbito, destacando a necessidade de encurtamento da espera para tratamento.(AU)

Justificación y objetivos:

la leishmaniasis visceral humana (HVI) constituye un problema persistente de salud pública, configurando un desafío para reducir su letalidad. Con el objetivo de evaluar los factores asociados a la letalidad, este estudio enfatiza el tiempo transcurrido desde la sospecha hasta el tratamiento de la VLH, en los años 2015 a 2019, en el municipio de Araguaína-TO, zona de transmisión intensa.

Métodos:

estudio epidemiológico de serie de casos con seguimiento longitudinal con información extraída de los formularios de notificación e investigación LVH. Se utilizó el riesgo relativo (RR) como medida de la fuerza de asociación para muerte, siendo calculado con intervalos de confianza (IC 95%) estimados por la prueba de Wald. Los intervalos de tiempo se representaron en días mediante diagrama de caja como medianas (Md).

Resultados:

los 191 casos de LVH, 179 (93,72%) se curaron y 12 (6,28%) tuvieron un desenlace fatal. No hubo asociación de riesgo de muerte por sexo, educación, raza o color, siendo significativo solo por edad en los grupos de edad de adultos jóvenes (RR= 16,09) y ancianos (RR=7,08). El tiempo desde la sospecha hasta el tratamiento en los niños fue menor (0-35 días, Md=12) que en los pacientes mayores (4-44 días, Md=18) y en los que fallecieron (7-65 días, Md=20) destacando mayor inoportunidad de curación en estos dos últimos grupos.

Conclusión:

el diagnóstico tardío fue un indicador determinante de peor desenlace, los cinco días marcaron la diferencia entre el grupo con resultado de curación con el grupo de los que fallecieron, destacando la necesidad de reducir la espera para el tratamiento.(AU)

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