Quando homens vão à psicoterapia: uma revisão de contextos e demandas

Rev. Bras. Psicoter. (Online); 24 (2), 2022
Publication year: 2022

INTRODUÇÃO:

Homens, como grupo, buscam menos ajuda em uma gama de contextos (e.g., acadêmico, médico, profissional), incluindo em saúde mental. A população masculina menos acessa os serviços de saúde mental disponíveis, apresentando também menor busca e engajamento em psicoterapia. O menor engajamento da população masculina também foi observado em diferentes faixas etárias, nacionalidades e contextos socieconômicos.

OBJETIVO:

Revisar quais são os contextos e demandas apontados na literatura científica internacional que influenciam a busca masculina por ajuda em saúde mental, e acrescentar à literatura científica nacional que é limitada nessa temática.

MÉTODO:

O presente artigo faz uso do método de revisão narrativa da literatura, realizando uma busca ampla na literatura sobre a temática do engajamento masculino em saúde mental.

RESULTADOS E DISCUSSÃO:

A população masculina, estatisticamente, apresenta um perfil diferente de prevalência de transtornos mentais, com menor prevalência de transtornos de humor porém prevalência significativamente maior em transtornos de abuso por substâncias. Homens também desproporcionalmente compõe as estatísticas de vítimas de suicídio. O menor engajamento masculino em saúde mental comparado a outras populações é influenciado por fatores culturais (e.g.: papéis de gênero, estigma associado aos transtornos mentais) e contextuais (e.g.: pessoas próximas, etapa de vida, modalidade de terapia).

Considerações finais:

há a necessidade de ampliar o engajamento masculino em serviços de saúde mental. Mudanças culturais de médio e longo prazo, melhor treinamento dos profissionais de saúde mental e realização campanhas públicas podem ser ferramentas para melhor engajar essa população.(AU)

INTRODUCTION:

Men, as a group, seek less help in a variety of contexts (e.g.: academic, medical, professional), including in mental health. The male population makes less use of available mental health services, also seeking and engaging less in psychotherapy. The lesser male engagement also has been observed in different age groups, nationalities and socioeconomic contexts.

OBJECTIVE:

Review which are the contexts and demands shown in the international scientific literature that influence male mental health help-seeking, and adding to national scientific literature which is limited in this field.

METHOD:

The current paper makes use of the narrative literature review method, making a wide search in the literature about male engagement in mental health.

RESULTS AND DISCUSSION:

Statistically, the male population has a different profile of mental disorder prevalence, with less prevalence of mood disorders but significantly higher prevalence of substance abuse disorders. Males also disproportionally constitute suicide victim statistics. The lesser male engagement in mental health compared to other groups is influenced by both cultural (e.g.: gender roles, mental disorder stigmas) and contextual (e.g.: close acquaintances, life stage, therapy modality) factors.

Final considerations:

there is a need to increase male engagement in mental health services. Medium- and long-term cultural changes, better training for mental health professionals and public awareness campaigns may be tools to help engage this population.

INTRODUCCIÓN:

Los hombres, como grupo, buscan menos ayuda en una variedad de contextos (p. ej., académico, médico, profesional), incluso la salud mental. La población masculina accede menos servicios de salud mental disponibles, también presenta menor búsqueda y participación en psicoterapia. La menor participación de la población masculina también se observó en diferentes grupos de edad, nacionalidades y contextos socioeconómicos.

OBJETIVO:

Revisar cuáles son los contextos y demandas señalados en la literatura científica internacional que influyen en la búsqueda de ayuda en salud mental por parte de los hombres, y sumar a la literatura científica nacional que es limitada sobre este tema.

MÉTODO:

este artículo utiliza el método de revisión narrativa de la literatura, realizando una búsqueda amplia en la literatura sobre el tema de la participación masculina en la salud mental.

RESULTADOS Y DISCUSIÓN:

La población masculina, estadísticamente, tiene un perfil diferente de prevalencia de trastornos mentales, con una menor prevalencia de trastornos del estado de ánimo pero una prevalencia significativamente mayor de trastornos por abuso de sustancias. Los hombres también constituyen desproporcionadamente las estadísticas de víctimas de suicidio. La menor participación masculina en salud mental en comparación con otras poblaciones está influenciada por factores culturales (p. ej., roles de género, estigma asociado con los trastornos mentales) y factores contextuales (p. ej., personas cercanas, etapa de la vida, modalidad de terapia).

Consideraciones finales:

existe la necesidad de ampliar la participación masculina en los servicios de salud mental. Los cambios culturales a mediano y largo plazo, una mejor capacitación de los profesionales de la salud mental y las campañas públicas pueden ser herramientas para involucrar mejor a esta población.

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