Mídia e cultura jornalística na comunicação em saúde
Media and journalistic culture in health communication
Cultura periodística y mediática en la comunicación en salud
Tempus (Brasília); 14 (2), 2020
Publication year: 2020
Este artigo examina a mídia e a cultura jornalística na comunicação em saúde, concentrando-se mais especificamente nas formas como os jornalistas lidam com a saúde na mídia. A análise é baseada em vários estudos realizados com jornalistas e vários grupos populacionais no Canadá e no Brasil. O artigo demonstra que há certa consistência no tratamento jornalístico dos cuidados de saúde e que esse tratamento nem sempre é em benefício da sociedade. A profissão do jornalismo está mudando rapidamente e, como aspectos importantes desse cenário, podem-se citar: o rápido fluxo e a oferta abundante de informações, o ritmo da produção de notícias e o lugar das demandas dos cidadãos. Tais aspectos demonstram que há uma profunda transformação da produção de informações realizada por jornalistas; além disso, as pessoas tendem a recorrer mais à mídia do que aos profissionais de saúde para obter informações sobre os riscos e, portanto, estão expostas às normas sociais em relação à saúde. Considerando a influência da mídia na comunicação em saúde, este artigo questiona a mídia e a cultura jornalística por meio de uma lente ética, abordando a responsabilidade do jornalista em relação à cobertura da mídia, à produção da notícia (fonte, tratamento e tom), à convergência e seu efeito sobre a saúde da população. Como principais achados, apontamos que o jornalismo precisa investir em uma comunicação em saúde mais efetiva, que esteja compromissada com o bem-estar dos cidadãos, por meio de tratamento e detalhamento de informações que permitam o amparo do processo de tomada de decisões por parte da população. (AU)
This paper examines the media and journalistic culture in health communication by focusing more specifically on the ways journalists deal with health in the media. The analysis is based on several studies carried out with journalists and various population groups in Canada and Brazil. This paper demonstrates that there is a certain consistency in the journalistic treatment of healthcare and that this treatment is not always to the benefit of society.
The profession of journalism is changing rapidly:
the rapid flow of information, the abundant supply of information, the pace of news production, the place of citizens’ demands are some of the phenomena that have transformed the production of information carried out by journalists. Besides, people tend to resort more to media than to healthcare professionals to obtain information about risks and are therefore exposed to social norms regarding health. Considering the influence of media in health communication, this paper questions the media and journalistic culture through an ethical lens by addressing the journalist’s responsibility regarding media coverage of health, production of the news (source, treatment and tone), convergence and their health effect on the population. As main findings, we point out that journalism needs to invest in more effective health communication, which is committed to the well-being of citizens, through treatment and detailing of information that allow the support of the decision-making process by the population. (AU)
Este artículo examina los medios y la cultura periodística en la comunicación de salud, centrándose más específicamente en las formas en que los periodistas tratan la salud en los medios. El análisis se basa en varios estudios realizados con periodistas y diversos grupos de población en Canadá y Brasil. El artículo demuestra que existe una cierta coherencia en el tratamiento periodístico de la salud y que este tratamiento no siempre es en beneficio de la sociedad. La profesión periodística está cambiando rápidamente y, como aspectos importantes de este escenario, podemos mencionar: el flujo rápido y la abundante oferta de información, el ritmo de producción de noticias y el lugar de las demandas ciudadanas. Dichos aspectos demuestran que existe una profunda transformación en la producción de información que realizan los periodistas; Además, las personas tienden a utilizar más los medios de comunicación que los profesionales de la salud para obtener información sobre riesgos y, por tanto, están expuestas a las normas sociales en materia de salud. Considerando la influencia de los medios en la comunicación en salud, este artículo cuestiona los medios y la cultura periodística a través de un lente ético, abordando la responsabilidad del periodista en relación con la cobertura mediática, la producción informativa (fuente, tratamiento y tono), la convergencia y su efecto en la salud de la población. población. Como principales hallazgos, señalamos que el periodismo necesita invertir en una comunicación en salud más efectiva, comprometida con el bienestar de la ciudadanía, a través del tratamiento y detalle de la información que permita el sustento de la toma de decisiones por parte de la población. (AU)